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Agentes denunciam que os detentos da Penitenciária Irmão Guido se recusam a retornar às suas celas após o banho de sol. Segundo informações do diretor administrativo do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, o clima é de total insegurança.

 

Em greve há sete dias, o Sinpoljuspi denuncia que a situação de todos os presídios do Piauí é considerada grave. “Houve manifestações dos presos na Casa de Custódia e também na penitenciária de Parnaíba, mas já foi contornado. Mas na Penitenciária Irmão Guido os presos se recusam a se alimentar e a retornar as celas”, aponta Kleiton.

 

Os agentes trancaram a área de segurança, mas somente as celas dos presos têm cadeado. “O ferrolho foi fechado, mas sem cadeado. Depois disso, os agentes foram para a área administrativa e comunicaram a situação ao diretor”, explica o sindicalista.

 

No local, segundo Kleiton, estão de plantão oito agentes penitenciários e 370 presos. A capacidade, entretanto, é de 330. “O problema é de gestão, de administração. Os problemas que estão surgindo não é por conta da greve”, defende.

 

O secretário de Justiça, Henrique Rebelo, declarou que a greve dos agentes está atrapalhando o andamento dos trabalhos. “Desejamos que essa greve encerre o quanto antes. Os entendimentos estão sendo feitos. Mas a greve está atrapalhando porque os detentos não estão sendo encaminhados para as audiências, transferência também não”.

 

Entenda a greve

O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Piauí (Sinpoljuspi) paralisou as atividades nos dias 14 e 15 de março. O alerta era para abrir um canal de negociação com o governo do estado. Sem conversação, a greve foi deflagrada no dia 22 de março.

 

A categoria reivindica os compromissos assumidos durante a greve de abril de 2011. De acordo com Kleiton Holanda, o acordo incluía a convocação de mais de 50 agentes penitenciários no ano passado e cerca de 100 agentes este ano e a alteração do Estatuto dos Servidores Penitenciários, além de melhores condições de trabalho. “Não houve alternativa, já que o governo não resolveu os problemas. Tivemos que provocar o diálogo”, afirma Kleiton.

 

O Sindicato informou que 165 concursados já fizeram a academia e estão aptos a assumir a profissão, entretanto, mesmo que todos assumam as vagas, não seria suficiente para suprir as necessidades. “Esse número não atende nem mesmo os presídios existentes. E ainda há seis prédios em fase de construção. As obras estão paradas, mas o número de agentes é insuficiente”.

 

Henrique Rebelo afirmou que o governador Wilson Martins já autorizou a contratação imediata de 20 concursados. “Essa greve está atrapalhando os trabalhos”, declara.


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