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A FDA (Food and Drug Administration, autoridade sanitária dos EUA) autorizou, nesta 3ª feira (9.fev.2021) o uso emergencial de um tratamento combinado de anticorpos para pacientes de covid-19 que apresentem alto risco de evolução grave da doença. O novo tratamento vale para pessoas maiores de 12 anos e que pesem mais de 40 kg.

O método foi desenvolvido pela empresa farmacêutica Eli Lilly e consiste na combinação de 2 anticorpos para criação de uma versão de anticorpo duplo que, segundo os estudos, tem maior capacidade de proteção. Anticorpos são moléculas humanas que têm como principal função proteger o organismo.

Nesse novo tratamento, os anticorpos utilizados são os monoclonais, que são projetados em laboratório para terem uma capacidade específica: neutralizar o coronavírus. Em 26 de janeiro, a Eli Lilly divulgou um estudo de fase 3 que indicava que o coquetel reduziu em 70% as hospitalizações e as mortes por covid-19. A pesquisa, no entanto, ainda não foi revisada por outros cientistas.

Ao liberar o tratamento em todo os Estados Unidos, a FDA proibiu o uso em pacientes que estejam internados ou que precisem fazer uso de oxigênio, ou seja, é voltado apenas para pessoas com casos leves e moderados. A recomendação é para que o coquetel seja administrado a pacientes que apresentam quadro leve de infecção pelo novo coronavírus, mas que o quadro clínico ou doenças prévias indiquem que pode haver piora.

“Os dados que sustentam essa autorização emergencial se somam às novas evidências que apontam para uma utilidade clínica de anticorpos neutralizantes para o tratamento da covid-19 em determinados pacientes”, explicou a diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Patrizia Cavazzoni.

Tratamentos com anticorpos
A FDA já havia autorizado anteriormente o uso de coquetéis de anticorpos para o tratamento de casos leves de covid-19. Em novembro, a agência reguladora norte-americana autorizou 2 tratamentos diferentes, um da empresa Regeneron –o mesmo utilizado pelo então presidente Donald Trump quando ele teve a doença– e um da Eli Lilly.

As novas variantes do coronavírus, porém, podem resistir a esses tratamentos que utilizam apenas um tipo de anticorpo monoclonal. Por isso, a combinação se tornou necessária. Além do novo coquetel da Eli Lilly, a Regeneron também conta com uma droga do tipo no mercado.

Poder360