• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

vacinaoxfordA vacina em fase de testes contra a Covid-19 feita pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca é a mais adiantada no mundo e, também, a mais avançada em termos de desenvolvimento. A declaração foi dada nesta sexta-feira (26) por Soumya Swaminathan, cientista da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Segundo a pesquisadora, uma outra vacina em fase de testes, idealizada pela emprensa Moderna, "não está muito atrás" da potencial imunização da AstraZeneca. Os dois projetos estão entre as mais de 200 vacinas candidatas contra a Covid-19, das quais 15 já entraram na fase de testes clínicos, em humanos.

Ainda de acordo com Swaminathan, a OMS mantém conversas com várias fabricantes chinesas, entre elas a Sinovac, sobre potenciais vacinas. Ela pediu que seja considerada uma colaboração entre os testes com potenciais contra a Covid-19, similar aos ensaios solidários que a OMS tem feito com possíveis medicamentos para tratar a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Testes no Brasil
A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford está na fase 3 de desenvolvimento - última fase antes da aprovação e distribuição - e começou a ser testada nesta semana em voluntários brasileiros, em um estudo liderado no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em entrevista à Reuters na quarta-feira (24), a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, disse que os ensaios clínicos com a vacina de Oxford e da AstraZeneca podem durar até um ano.

Já a vacina da chinesa Sinovac deverá começar a ser testada no Brasil em julho, depois de a companhia fechar acordo com o Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, que pode levar à produção dela no Brasil, caso se mostre eficaz.

Fundo contra a Covid-19
A OMS também atualizou nesta sexta-feira o status das doações para o fundo de desenvolvimento de vacinas, tratamentos, testes e pesquisas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Em 12 meses, o esforço internacional precisa arrecadar US$ 31,3 bilhões (cerca de R$ 171,2 bilhões). Até o momento, os países membros conseguiram US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 18,5 bilhões). O déficit total para garantir um acesso igualitário no planeta é de US$ 27,9 bilhões (R$ 152, bilhões). Deste montante em falta, a entidade informa que US$ 13,4 bilhões (R$ 73,3 bilhões) são urgentes para o fundo.

A iniciativa de colaboração entre países foi lançada em abril. Participaram do encontro o presidente da França, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entre outras autoridades. Chamado de Access to Covid-19 Tools Accelerator, ou o ACT Accelerator, o fundo irá tornar as tecnologias contra a doença "acessíveis a todos que precisam delas, no mundo inteiro".

"O princípio do acesso equitativo é simples de dizer, mas algo complicado de implementar. Requer colaboração ativa entre governos, indústria, organizações de saúde, organizações da sociedade civil e comunidades", disse o diretor-geral da OMS nesta sexta-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Vacinas, diagnósticos e medicamentos são ferramentas vitais, mas, para serem realmente eficazes, devem ser administrados com outro ingrediente essencial, que é a solidariedade".

 

G1

Foto: University of Oxford via AP