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Cientistas americanos desenvolveram uma supercola com o potencial de "remendar" problemas no coração durante uma cirurgia ou interromper hemorragias em campos de batalha. O novo adesivo poderá até substituir as suturas e grampos em cirurgias do coração, vasculares ou do sistema digestivo.

 

A equipe já realizou testes em porcos que mostraram que supercola pode selar defeitos no coração em uma questão de segundos e ainda aguentar a pressão dentro do coração. O produto poderá está disponível para o uso em humanos dentro de dois ou três anos, depois de mais testes.

 

Os médicos já usam um tipo de cola, um adesivo, em pacientes para fechar ferimentos, substituindo pontos e grampos. Mas, até o momento, esta cola de uso médico ainda não era forte o bastante para aguentar as forças dentro das câmaras do coração ou dos grandes vasos sanguíneos.

 

A pesquisa foi divulgada na revista especializada Science Translational Medicine.

 

Segundo Karp ainda são necessários mais estudos para garantir a segurança do uso da supercola em humanos, mas os resultados até o momento sugerem que a cola cirúrgica também poderá ser usada para fechar rapidamente feridas abertas.

 

Sanjay Thakrar, da organização de caridade britânica voltada para problemas cardíacos, a British Heart Foundation, afirmou que o sistema cardiovascular é um "ambiente dinâmico, onde há um fluxo de sangue contínuo e contrações do tecido, e as colas existentes com frequência não funcionam bem nestas condições".

 

"Estes pesquisadores parecem ter descoberto uma forma inovadora de superar estas questões, o que pode ser muito útil durante os procedimentos minimamente invasivos", afirmou.

 

 

Mas, para Thakrar, os cientistas americanos apenas avaliaram a eficácia da cola em um período curto e "é importante ver como a cola age em períodos maiores".

 

BBCBrasil