Um estudo publicado nesta quinta-feira, 28, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que o acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima, causada por um tsunami em 2011, oferece apenas riscos baixos para a população em geral, tanto no Japão quanto nos países vizinhos.
No entanto, para quem vivia em regiões muito próximas à usina, o risco estimado para alguns tipos de câncer é maior. Nas áreas que realmente foram contaminadas, o risco é alto, mas ele já reduz drasticamente mesmo em outros pontos do município de Fukushima.
“A principal preocupação identificada neste relatório está relacionada a tipos específicos de câncer ligados a lugares em particular e a fatores demográficos”, explicou a média espanhola Maria Neira, diretora de Saúde Pública e Meio-ambiente da OMS, em nota enviada à imprensa pela organização.
O tipo de câncer que apresenta maior risco é o de tireoide. As meninas das áreas afetadas têm risco até 70% maior de sofrerem com a doença ao longo da vida. Também nas meninas, o risco de câncer aumenta até 6%. Já os meninos que viviam na região têm risco 7% maior que a medida de desenvolverem leucemia.
“O relatório da OMS destaca a necessidade de monitoramento de saúde em longo prazo para quem tem alto risco, assim como a provisão de controle médico e serviços de apoio”, completou Maria Neira. A organização destacou ainda que é preciso oferecer suporte psicossocial às populações afetadas pelo acidente.
G1