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piscina7122012Levantamento elaborado pelo Ministério da Saúde aponta que, entre 2000 e 2010, o número de mortes envolvendo crianças com até 10 anos de idade, vítimas de acidentes domésticos como afogamento, asfixia ou exposição à fumaça e ao fogo, caiu 31%. A quantidade de óbitos baixou de 868 casos, em 2000, para 595, em 2010. No período de 11 anos, o total de mortes foi de 8.148. Segundo as informações do governo que foram repassadas, mortes por acidentes que envolvem o sistema respiratório (como asfixia com alimentos ou sufocamento enquanto a criança dorme) tiveram queda de 27% no período, caindo de 348 para 252.

 

Óbitos por afogamento registraram queda de 31%, com 247 casos registrados em 2000 contra 168 em 2010. Já as mortes por acidentes envolvendo exposição à fumaça ou ao fogo tiveram queda 37% na última década, com 102 óbitos registrados em 2000, contra 64 em 2010.

 

De acordo com Deborah Carvalho Malta, diretora de doenças e agravos não transmissíveis do Ministério da Saúde, a redução deve-se a um maior combate à mortalidade infantil nos últimos 11 anos. “O tema se tornou uma prioridade, já foi incluído como uma das Metas do Desenvolvimento do Milênio”, disse a médica.

 

Um dos motivos atribuídos à redução pelo governo é a Política Nacional de Redução da Mortalidade por Acidentes e Violências oficial.

 

Deborah Malta afirma que a maioria dos acidentes domésticos que envolvem crianças de até 10 anos acontecem dentro de casa, por descuido dos pais ou responsáveis. De 7.123 prontuários de atendimentos infantis sem óbitos feitos na rede pública, 66% eram de acidentes que ocorreram nas casas onde vivem as vítimas.

 

Afogamentos

Casos emblemáticos de crianças que morreram afogadas foram registrados neste ano em Goiás e São Paulo. Em julho, um bebê de dois anos morreu após cair na piscina de um berçário em Goiânia. O portão que protegia o local estava aberto. No fim de novembro, um menino de 3 anos também morreu afogado em uma escola da Zona Sul da capital paulista, durante uma aula de natação.

 

Segundo a médica, os adultos não podem se distrair em nenhum momento quando crianças estiverem “brincando” com água.

 

“As crianças são curiosas, vão procurar motivos novos de entretenimento e a água é dos que mais atrai a atenção. Como sabemos que os pequenos não têm noção de risco, o adulto tem que estar sempre supervisionando, em vigilância constante. A piscina deve estar cercada e o responsável pela criança não pode ter distrações, nem com um celular”, disse a médica.

 

Asfixia e contato com o fogo

Sobre os casos de asfixia, a médica pede para que pais evitem deixar pelo chão pequenas peças ou grãos, como feijão ou milho, que podem ser colocados em orifícios do nariz, ouvido ou mesmo engolidos, causando sufocamento.

 

“Muito cuidado também com o tipo de alimentação. Outro ponto importante é quanto ao uso da mamadeira ou aleitamento materno. A criança deve ser observada após tomar o leite para que possa eliminar gases gerados durante o processo de amamentação”, disse.

 

Quanto aos casos de queimaduras, a especialista afirma que os principais acidentes envolvem o contato com panelas quentes, água fervendo e o choque elétrico liberado quando a criança coloca o dedo em tomadas desprotegidas.