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Praticar atividades físicas e se alimentar bem traz diversos benefícios para a saúde, inclusive para o funcionamento do intestino. Fora isso, beber água e controlar as emoções também são fatores que ajudam.

 

O cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui explicou no Bem Estar desta quarta-feira, 29, que alterações emocionais, como ansiedade e estresse, podem prejudicar a digestão. O intestino tem cerca de 100 milhões de neurônios conectados ao cérebro e tem relação direta com a sensação de bem-estar, já que 80% da produção de serotonina (hormônio do bem-estar) é produzida por ele.

 

Esse bem-estar pode ser prejudicado pela dificuldade para evacuar. Muitas pessoas se sentem desconfortáveis em ir ao banheiro fora de casa, mas isso pode ser um problema para a saúde. Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 61% dos internautas responderam que se sentem constrangidos em ir ao banheiro fora de casa.

 

Mas, é importante saber que ir ao banheiro na hora que aparecer a vontade elimina as fezes do corpo e não as deixam paradas dentro do intestino. Caso essa vontade seja reprimida, as fezes ficam armazenadas até que a vontade venha novamente e elas começam a ficar ressecadas.

 

A gastroenterologista Luciana Lobato acrescentou que, quando a pessoa inibe a vontade de ir ao banheiro, o reto perde a sensibilidade, o que exige maior quantidade de fezes para que a vontade de evacuar venha novamente. Esse problema pode começar desde a infância, quando os pais reprimem a criança que faz cocô na calça. Isso pode fazer com que ela acostume a segurar essa vontade e causar problemas no futuro.

 

Além disso, as meninas são educadas a não falarem sobre esse assunto desde pequenas e isso também prejudica porque elas desenvolvem a vergonha de ir ao banheiro, principalmente no local de trabalho ou na casa dos namorados.

 

Já os homens podem expressar essa necessidade desde pequenos e não se sentem desconfortáveis. Tanto para eles quanto para as mulheres, os médicos consideram normal ir ao banheiro uma vez a cada 3 dias ou 3 vezes por dia, desde que isso não cause desconforto.

 

Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, é importante observar os sinais de alerta nas fezes: sangue, cor preta, muco, cheiro diferente e formato de serpentina são alguns fatores. A gastroenterologista Luciana Lobato acrescentou também o emagrecimento rápido, anemia e prisão de ventre em pessoas acima de 50 anos como sinais importantes e de risco para doenças graves.

 

Digestão

O processo começa na mastigação e termina no intestino grosso, onde o bolo fecal é eliminado. Para ter uma boa digestão, é importante não comer rápido, mastigar bem os alimentos e não tomar muito líquido durante as refeições, principalmente as bebidas doces e com gás. Fora isso, os alimentos gordurosos são mais difíceis de serem digeridos, então os médicos recomendam evitá-los.

 

A boa digestão ajuda a formar o bolo fecal e é aquela que a pessoa come e não se sente estufada, com gases e pesada. Isso acontece quando ela come alimentos saudáveis, com fibras e pouca gordura, e seu intestino consegue aproveitar os nutrientes.

 

A gastroenterologista Luciana Lobato recomenda uma alimentação com verduras, legumes frescos ou cozidos superficialmente e frutas após as refeições. Segundo ela, as fibras presentes nestes alimentos ajudam a formar o bolo fecal, mas o excesso de fibras pode causar fermentação. A alimentação deve incluir também carboidratos, principalmente os integrais.

 

G1