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trompasA histerossalpingografia é uma radiografia que mostra para o médico a região do útero e das trompas de falópio. O exame é mais usado pelos especialistas de reprodução assistida, pois dá uma boa visão de como anda a saúde das trompas, que são imprescindíveis para a fertilidade da mulher, afirma Cristina César Conti, radiologista do Fleury Medicina e Saúde.

 

Além de fazer parte da lista de exames para os casais que estão investigando uma causa de problemas de fertilidade, a histerossalpingografia pode ser utilizada para indicar diagnósticos de miomas no útero, problemas da cavidade cervical, endometriose e inflamações pélvicas.

"Apesar de ser usual para outras doenças, ela não tem presença ativa na rotina ginecológica comum porque existem outros meios de diagnosticar essas doenças", explica Cristina. "No caso do mioma, o médico pode pedir uma ultrassonografia ou uma ressonância magnética, por exemplo."

 

Preparação para o exame

O exame deve ser feito entre o quinto e o 12º dia do ciclo menstrual da mulher. A exigência existe para que ele não seja realizado em mulheres grávidas. A radiação e o contraste que é inserido no útero podem trazer complicações ao feto. Além disso, entre o período pós-menstrual e a data do exame a clínica pode pedir que a paciente se abstenha de manter relações sexuais. A medida também tem o objetivo de evitar uma possível gestação.

 

Durante o exame, a paciente pode sentir dor muito semelhante às cólicas menstruais. Por isso, a orientação é para que ela tome um analgésico cerca de 30 minutos antes de se submeter à histerossalpingografia.

 

O exame

O exame começa com um procedimento idêntico ao do conhecido papanicolau. O técnico que vai realizar a histerossalpingografia insere na cavidade vaginal da mulher o espéculo - instrumento serve para a visualização do colo do útero. Depois de localizado o colo, é feita uma assepsia do local para evitar que alguma bactéria vaginal seja transferida para a cavidade uterina. "Apesar do colo de o útero estar sempre em contato com a cavidade vaginal, nós fazemos a limpeza porque o local vai sofrer por alguns minutos uma manipulação externa, que não é da rotina natural", afirma.

 

Feita a limpeza, o técnico começa a inserir um líquido chamado contraste radiológico. Como o próprio nome diz, o líquido vai dar destaque aos órgãos que serão analisados pelo exame. O contraste é injetado na cavidade uterina por meio de uma sonda bem fina. De acordo com a radiologista, o preenchimento é feito lentamente, para que o líquido consiga chegar às estreitas trompas de falópio. "Enquanto estamos realizando o procedimento, já conseguimos captar as imagens em tempo real. Ao mesmo tempo em que estamos visualizando os órgãos, já registramos as radiografias", explica Cristina.

 

O exame tem duração média de 15 minutos e, segundo a radiologista, o momento de maior desconforto é durante a injeção de contraste na cavidade uterina e trompas. Em alguns casos, por complicações como a dificuldade de inserir a sonda, o procedimento pode levar mais tempo.

 

A manipulação pode gerar um sangramento vaginal, que é normal. Além disso, o corpo irá expelir o contraste. Por isso, é recomendado fazer o uso de absorvente até o dia seguinte ao exame. Se a paciente sentir cólicas, pode tomar os analgésicos que está habituada a ministrar durante o período menstrual.

 

 

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