A gravidez é um fenômeno intimamente ligado ao corpo da mulher, mas o bebê que vai se formando ao longo dos nove meses é do casal. Por isso, o pai deve ter participação ativa na gestação de sua companheira. De acordo com Carolina Corsini, colaboradora da disciplina de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e ginecologista obstetra do Fleury Medicina e Saúde, as mulheres que se sentem apoiadas pelo marido têm uma gravidez mais prazerosa.
"O marido ou companheiro vai desempenhar um papel importante, tanto para as atividades práticas - como ajudar a gestante a se levantar quando a barriga começa a crescer -, quanto para questões de ordem emocional. É muito comum haver variações de humor, além de dúvidas, medos e preocupações", explica a ginecologista. "A presença do pai oferece conforto. Passa para a mulher o sentimento de ela não está sozinha", completa.
Além da participação durante o período gestacional, ele pode acompanhar o parto do bebê. "A presença do pai na hora do parto é crucial. A mulher se sente mais tranquila e, muitas vezes, eles fazem massagens e carinhos que, de certa forma, aliviam as dores do parto", afirma Carolina.
Os pais modernos
A participação dos pais tem sido bastante ativa, opina a médica. Na maioria dos casos, o pai é tão participativo quanto a mãe. "As condições em que a criança foi concebida fazem diferença. Mas, normalmente, as gestações desejadas e planejadas tendem a ter presença paterna durante os nove meses", diz a obstetra. "Além disso, hoje em dias, os homens têm uma visão diferente do que a que observávamos no passado, quando a gestação era considerada apenas da mãe. Cada vez mais, nos deparamos com pais frequentando as consultas de pré-natal e, em alguns momentos, com mais dúvidas do que a própria gestante.
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A preocupação com a saúde do bebê e da mulher é a principal marca dos pais, conta Carolina. Eles querem saber o motivo, como é feito e quais os riscos de cada procedimento ou medicamento que é indicado para a gestante. Segundo a médica, outra característica dos homens participativos é a discussão sobre as modalidades de parto - o que será mais adequado para a sua companheira - e qual deve ser o papel dele no momento do nascimento.
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