Um estudo desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) identificou, pela primeira vez, as características essenciais da castanha de cotia (Couepia edulis), planta encontrada na região Norte do país, descobrindo a presença de compostos bioativos que a fazem agir como alimento funcional, isto é, que traz benefícios se ingerido, como redução do risco de doenças cardiovasculares, tumores, distúrbios metabólicos, doenças neurodegenerativas e enfermidades inflamatórias.
O estudo apontou a possibilidade de usar essa castanha para fins comestíveis ou como matéria-prima para as indústrias farmacêutica e oleoquímica.
A pesquisa foi realizada pela doutoranda Tainara Costa Singh, do Programa de Engenharia e Ciência de Alimentos da Unesp de São José do Rio Preto, sob a orientação da docente Neuza Jorge. Tainara destaca que há uma grande demanda comercial por óleos vegetais ricos em compostos benéficos para a saúde, em razão do interesse dos consumidores na redução do risco de doenças e na promoção da saúde por meio da melhoria na dieta.
" Esses compostos benéficos incluem tocoferóis, carotenoides, fitosteróis, compostos fenólicos e composição especial em ácidos graxos, como alto conteúdo de ácidos graxos mono e poli-insaturados" , complementa.
O trabalho, que foi a dissertação de mestrado de Tainara, consistiu em caracterizar e analisar as propriedades funcionais de óleos extraídos de castanhas e nozes. " Estudamos seis amostras de castanhas de tipos diversos, sendo a cotia a mais diferenciada" .
O trabalho recebeu o segundo lugar na premiação Leopoldo Hartman durante o 23º Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, realizado em Campinas, em maio.
saúde.net