A campanha de vacinação contra a poliomielite vai até o dia 6 de julho, mas já na primeira semana o Piauí cumpriu 60% da meta prevista pelo Ministério da Saúde.
A proposta é vacinar mais de 250 mil crianças, até agora 151 mil doses foram distribuídas para crianças de até 5 anos de idade. Em todo o país, foram distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral.
O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano 16 países registraram casos de paralisia infantil, sendo que, em três deles, a doença é considerada endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo poliovírus, que entra pela boca. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.
A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.
A partir do próximo mês de agosto, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram vacinadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose, aos dois meses e a segunda dose aos quatro meses, com a vacina inativada poliomielite, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e um reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. A vacina contra a pólio é segura e se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarréia.
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