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ouvidooA dor de ouvido é um dos problemas mais comuns em crianças. Os pais devem ter atenção redobrada, pois caso ocorram defasagens no sistema imunológico, o simples incômodo pode trazer consequências crônicas para a audição.

 A otite média aguda costuma ocorrer durante ou logo após uma gripe, resfriado ou infecção na garganta, em função da passagem de secreção para o ouvido médio através da tuba auditiva. Esse tipo de infecção é mais comum em crianças devido a anatomia da tuba auditiva das mesmas, que facilita a passagem da secreção. Os principais sintomas são: dor, diminuição da audição, febre, falta de apetite, entre outros.

De acordo com a otorrinolaringologista Vyrna Santos, cerca de 90% das crianças terão pelo menos um episódio de otite média aguda até os sete anos de idade. Observar atentamente as atitudes da criança é fundamental, pois muitas vezes a doença é silenciosa.

“Cuidado quando a criança pedir para repetir as frases várias vezes ou assistir televisão com um som bastante alto. Se os pequenos detalhes não forem notados, as crianças desenvolverão atrasos na fala e prejudicar-se na escola. Pode persistir um líquido no ouvido, sem dor ou febre, causando perda auditiva”, alerta.

Na grande maioria dos casos, a surdez provocada pelo líquido no ouvido desaparece espontaneamente em até quatro semanas. Mas a persistência por mais tempo necessita de remoção cirúrgica para reverter o quadro que acarreta na otite média crônica. A cirurgia consiste em uma incisão na membrana timpânica  com a colocação de uma espécie de tubo de ventilação.

 “Inicialmente, fazemos tratamentos com o uso de antibióticos e analgésicos. Só que por meio do acompanhamento percebemos se é possível a efetivação da cirurgia ou não. Com a modificação da tuba, geralmente o problema melhora e o paciente não apresenta mais otites”, afirma.

Existem outras consequências que acometem o paciente com a dor de ouvido. A meningite, abcesso cerebral e até a labirintite infecciosa são algumas das complicações. Portanto, consultar-se com um profissional da otorrinolaringologia é essencial, pois os remédios caseiros podem piorar a situação.

“Os paciente precisa encontrar um tratamento mais adequado, pois caso não faça os procedimentos necessários, é possível que desenvolva uma perfuração no tímpano ou uma retração. Todos geradores de perdas auditivas”, declara.

 

Alguns cuidados:

· Não se automedique, nem siga sugestões de vizinhos ou conhecidos para aliviar a dor de ouvido

· Procure um otorrinolaringologista sempre que apresentar dor, coceira ou secreção no ouvido ou perda auditiva

· Evite o uso de cotonetes ou de outros objetos que possam ferir o ouvido

· Proteja os ouvidos contra a entrada de água

· Não amamente seu filho deitado, pois isso favorece a entrada de liquido através da tuba auditiva

· Vacine seu filho contra gripe

 

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