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Quanto mais feliz você estiver, melhor, certo? Nem sempre. Um estudo publicado mostra que felicidade em excesso pode deixá-lo infeliz. Além disso, acredite, muita alegria pode torná-lo ingênuo, egoísta e menos bem sucedido.


Não há como negar que, além de prazerosa, a felicidade nos protege de acidente vascular cerebral e de resfriados, aumenta nossa resistência à dor e prolonga nossas vidas. No entanto, June Gruber, professora de psicologia na Universidade de Yale que estuda a felicidade, explica que é importante experimentar estados de espírito positivos com moderação.


"Os níveis muito elevados de sentimentos positivos geram consumo de álcool e drogas, compulsão alimentar e pode nos levar a negligenciar as ameaças", afirma Gruber.


Carreira

De acordo com o psicólogo Edward Diener, famoso por sua pesquisa da felicidade, pessoas que não experimentam muita tristeza ou ansiedade raramente são insatisfeitas com seus empregos e, pos isso, não se sentem pressionadas para estudar mais ou mudar de carreira.


Diener analisou mais de 16 mil pessoas em todo o mundo e descobriu que aqueles que no início de suas vidas mostram maior grau de felicidade, apresentam menor rendimento do que aqueles que se sentiam tristes quando jovens.


Segundo o estudo, emoções negativas melhoram nosso jeito de lidar com o mundo. A raiva nos prepara para lutar, o medo nos ajuda a fugir e a tristeza nos deixa atentos aos detalhes e faz com que a gente pense de maneira sistemática.


Julgando sem analisar

Em outra pesquisa, Joe Forgas, professor de psicologia da Universidade de New South Wales, na Austrália, pediu para que os alunos lessem um ensaio filosófico de "Robin Taylor" e descobrisse quem era o autor. Alguns dos alunos receberam uma foto de um homem de meia idade com barba e outros de uma jovem mulher com uma camiseta.


Ainda que os ensaios fossem idênticos, os alunos mais felizes julgaram o trabalho do homem mais competente do que da mulher. Já os mais tristes, disseram que tanto o homem quanto a mulher poderiam ter escrito o texto.


Insatisfação

Criar expectativa pode gerar insatisfação. De acordo com uma pesquisa de Jonathan Schooler, professor de psicologia da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, 83% de 475 pessoas entrevistadasficaram decepcionados com suas celebrações de Ano Novo de 2000.


Isso porque, as pessoas que planejaram a festa e criaram expectativa com os preparativos, se decepcionaram com o resultado. "É preciso ter um equilíbrio com as experiências. Há diferenças entre saborear um bom copo de vinho e ficar excessivamente preocupado se está se divertindo ou não", diz Schooler.


Segundo a psicóloga Iris Mauss, se alguém procura a felicidade o tempo todo, provavelmente vai acabar se desapontando.



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