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Uma mulher grávida inspira cuidados. É uma fase delicada na vida da mulher, ela precisa se cuidar, levar uma vida saudável, comer bem, tudo para garantir a saúde dela e do bebê. Mas se uma mulher grávida passal mal, desmaiar ou cair, você sabe o que fazer? Veja a seguir quais são os primeiros socorros mais indicados para cada situação.

 

O ginecologista Alberto d’Auria, obstetra da maternidade Pro Matre Paulista, explica que o tipo de socorro que deve ser oferecido a uma grávida vai depender do tipo de problema e do tempo de gestação da mulher. Primeiramente é preciso esclarecer que os enjoos são comuns e são um bom sinal. "É um sintoma que faz parte da avalanche de produção de hormônios que acontece no organismo. É um indício de que a gravidez está indo bem porque o corpo está produzindo muitos hormônios", explica.

 

Os desmaios também podem ocorrer por uma intolerância maior da grávida ao CO2 (gás carbônico). Este é o gás liberado na respiração. Em ambientes fechados, o nível de gás carbônico é maior, o que pode levar à gestante ao desmaio. O obstetra orienta que, em caso de desmaio, colocar a grávida deitada no chão. Se ela estiver no primeiro ou no segundo trimestre, deixe-a de barriga para cima e levante suas pernas. Isso vai fazer com que o sangue que está nos pés e nas pernas vá para o cérebro, que está precisando de oxigenação. Segure as pernas assim por alguns minutos. Isso vai ajudá-la na recuperação.

 

Se a gestação estiver mais avançada, a partir do sexto mês, não coloque a grávida deitada de barriga para cima porque o bebê pode comprimir os vasos sanguíneos que ficam embaixo do útero. Neste caso, se ela desmaiar, posicione a gestante deitada de lado e não levante suas pernas. "Por questões anatômicas, o lado esquerdo é um pouco melhor, mas deitar para o lado direito também é bom. Para qualquer um dos lados, o feto vai se deslocar e ajudar na passagem de sangue para o cérebro", explica o obstetra.

 

Outro imprevisto que pode ocorrer, é a grávida passar mal enquanto come. O médico explica que, nesses casos, não adianta colocar sal embaixo da língua, porque normalmente, se trata de um problema de alteração no índice de glicemia, e não de mudança de pressão. O mais indicado é a grávida tomar um suco natural de qualquer fruta. Isso vai fazer com que a glicemia suba rapidamente.

 

Os casos de trauma causados por quedas ou acidentes são mais delicados. O obstetra Alberto d’Auria destaca que a conduta correta é chamar uma ambulância ou levar a gestante para um pronto-socorro. Se a escolha for transportá-la para a emergência, a mulher deve ir deitada de lado no banco de trás. Isso vai garantir o fluxo sanguíneo no corpo. Se a queda não for grave e não exigir socorro, antes de ajudar a gestante a se levantar, o ideal é checar se ela está machucada ou se está realmente bem.

 

Muitas pessoas têm medo de não saber o que fazer se uma gestante entra em trabalho de parto. D’Auria explica que não há motivos para alarme. "O trabalho de parto é um processo lento e gradual. Quando ele inicia, existe tempo suficiente para se chegar ao hospital", explica. Enquanto as contrações acontecem em intervalos maiores, a mulher pode tomar um banho ou se preparar para ir até a maternidade. O obstetra só não indica que a futura mamãe coma alguma coisa. Isso "pode atrapalhar se ela precisar de uma anestesia geral", afirma.

 

As primeiras contrações costumam acontecer com intervalos maiores, o que significa de até três horas. Os médicos consideram trabalho de parto quando as contrações são menos espaçadas, com intervalos de menos de cinco minutos - ou seja, duas ou três contrações a cada dez minutos. Se a bolsa estourar, o melhor é ir para a maternidade. O obstetra é quem vai avaliar se foi mesmo a bolsa e se está na hora do parto.

 

R7