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Em tempos de vida saudável, a discussão sobre doenças cardiovasculares (que afetam o coração e os vasos sanguíneos) nunca sai de cena. Mesmo assim, elas ainda são a principal causa de óbito no Brasil e no mundo. Dados de 2011 da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 33% das mortes no país são causadas por problemas no sistema cardiovascular.

 

"Se nada for feito, em 10 ou 20 anos seremos os campeões mundiais de mortes desse tipo", alerta o cardiologista Miguel Moretti, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. O especialista irá ministrar uma palestra nesta quinta-feira, 29, sobre o assunto na unidade Anália Franco do hospital.

 

De acordo com o médico, as doenças mais comuns que afetam o sistema cardiovascular são pressão alta, artérias e vasos obstruídos, insuficiência cardíaca. Se não tratados, culminam nos episódios de infarto (parada do coração) e AVC (acidente vascular cerebral). "O problema é que esse tipo de doença é silenciosa, ou seja, nem sempre apresenta sintomas antes de ser tarde demais", diz o especialista. "Por isso, é fundamental que toda a população se conscientize e faça os exames de rotina periodicamente", afirma.

 

Miguel Moretti afirma que a prevenção é sempre a melhor maneira de manter a qualidade de vida. "Uma vez que a pessoa sofra o infarto, por exemplo, ela poderá ter seqüelas, já que uma parte do tecido do coração morreu", explica. A prevenção deve começar a partir da adolescência; pessoas com histórico familiar, no entanto, devem começar mais cedo.


Grupos de risco

Diversos estudos mostram que as mulheres são mais vulneráveis às doenças cardiovasculares depois da menopausa. "Até então elas estavam protegidas pelos hormônios, que têm uma queda acentuada e acabam deixando de funcionar como escudo", explica Miguel Moretti.

 

Mesmo assim, qualquer pessoa pode e deve fazer a chamada prevenção primária, em que medidas básicas são tomadas para evitar as doenças cardiovasculares a qualquer custo. As recomendações incluem controle de pressão arterial, do colesterol, prática de exercícios físicos e uma boa alimentação.

 

A prevenção de torna mais rígida quando o indivíduo faz parte de um grupo de risco, como ser portador de diabetes, hipertensão, fumar, ingerir anticoncepcional, ser obeso e/ou ter histórico familiar com casos da doença. "As metas se tornam mais rígidas para o paciente, que não pode descuidar", explica o cardiologista.

 

Para ele, a combinação da vida moderna de estresse e sedentarismo é uma bomba relógio para qualquer organismo. "Os vasos sanguíneos precisam de exercício como os músculos do corpo", diz o médico, que ainda faz uma reflexão: "as pessoas precisam controlar a ansiedade e ter disciplina, para só assim conseguir viver com qualidade e saúde".



Terra