O tabaco aquecido, popularmente conhecido como "heat not burn", em inglês, e vendido pela indústria tabagista como uma alternativa menos nociva ao cigarro eletrônico e ao cigarro tradicional — já que ele não queima o tabaco, apenas libera o sabor dele por meio do vapor —, pode não ser tão benéfico quanto aparenta.
Um estudo recente, feito por pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, descobriu que, em longo prazo, esse produto pode deixar o indivíduo mais propenso a uma infecção grave pelo Sars-CoV-2 — o vírus causador da Covid-19.
O tabaco aquecido, popularmente conhecido como "heat not burn", em inglês, e vendido pela indústria tabagista como uma alternativa menos nociva ao cigarro eletrônico e ao cigarro tradicional — já que ele não queima o tabaco, apenas libera o sabor dele por meio do vapor —, pode não ser tão benéfico quanto aparenta.
Um estudo recente, feito por pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, descobriu que, em longo prazo, esse produto pode deixar o indivíduo mais propenso a uma infecção grave pelo Sars-CoV-2 — o vírus causador da Covid-19.
Os cientistas estudaram os efeitos da doença em pessoas que usavam dois tipos de tabaco (aquecido e tradicional) e naqueles que não fumavam.
A análise, feita por meio de uma pesquisa online em fevereiro de 2020, contou com 30.130 participantes, com idade entre 16 e 81 anos.
As estatísticas mostraram que usuários de tabaco aquecido (uso exclusivo ou em combinação com cigarros tradicionais) foram mais infectados pelo coronavírus em comparação aos não fumantes.
Além disso, entre todos os tipos de tabaco, o aquecido e o tradicional foram os responsáveis por quadros mais graves da Covid e exigiram hospitalização ou utilização de oxigênio.
"Este estudo mostra que o uso de produtos de tabaco aquecido pode ter impacto nas infecções por Sars-CoV-2 e na progressão da doença. Esperamos que este relatório encoraje as pessoas a pensarem sobre o uso do tabaco no contexto dos riscos adicionais devido à infecção por coronavírus", alerta Kazuhisa Asai, cientista e professor da Escola de Medicina da Universidade Metropolitana de Osaka.
R7