Com o aumento do quadro funcional dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o órgão em Floriano-PI deve passar por algumas mudanças na sua estrutura física.
“Até esta quinta-feira estaremos mudando para onde vai funcionar a Central de Regulação do Estado que fica nas proximidades do Hospital Regional Tibério Nunes num trecho da Rua Gabriel Ferreira. Nós estamos transferindo temporariamente porque já foi dado início a obra de adequação do SAMU na Avenida Eurípedes de Aguiar e tudo isso é pensando num melhor atendimento aos usuários, bem como, num maior conforto aos servidores do órgão”, disse o coordenador, enfermeiro Anselmo Jorge.
As alterações que o órgão em Floriano estará sofrendo, segundo o enfermeiro, estão dentro das exigências do Ministério da Saúde e isso é bom, enfatizou, porque os profissionais que atuam diariamente terão mais motivação para as ações de atendimento ao público. “Esses profissionais estão sempre em busca de salvar vidas”, finalizou o enfermeiro.
Cerca de 250 participantes entre secretários municipais de saúde, coordenadores de regionais e profissionais de saúde de todo o Piauí participaram, nesta quarta-feira, 11, da abertura do Seminário Estadual sobre o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). O evento é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e visa dar continuidade ao processo de fortalecimento da Atenção Básica no Piauí.
O evento, que prossegue até esta quinta-feira, 12, no Diferencial Buffet, marca o lançamento da segunda fase do programa. Na abertura, a secretária de Estado da Saúde, Lilian Martins, destacou a importância da participação das cidades no PMAQ.
“A autoavaliação servirá para a melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica. É um movimento para aprimorarmos o nosso diagnóstico e termos a certeza de que, sem meta, e sem prazo não conseguiremos nossos objetivos, portanto, é preciso organização e gestão para oferecer mais saúde de qualidade”, afirmou.
A autoavaliação é entendida como ponto de partida da fase de desenvolvimento do PMAQ, uma vez que os processos orientados para a melhoria da qualidade têm inicio na identificação e reconhecimento das dimensões positivas e também problemáticas do trabalho da gestão e das equipes de atenção a saúde.
A enfermeira e coordenadora do evento, Luciana Sena, resumiu o que foi abordado no turno da manhã durante a apresentação da apoiadora do Ministério da Saúde, Luanna Gomes. “O Seminário servirá para esclarecer para os municípios, como melhorar os serviços do Programa Saúde da Família e como os recursos deverá ser aplicados”, explicou.
PMAQ
O PMAQ é um projeto do Governo Federal que tem o objetivo de ampliar o acesso e promover a melhora da qualidade da atenção básica de saúde, garantindo um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente. Dessa forma será feito um financiamento das Equipes de Saúde da Família (ESF) que alcançarem as metas estipuladas.
O excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil, é o que aponta o mais recente levantamento realizado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o resultado desse levantamento mostra que é necessário continuar investindo em ações preventivas, sobretudo aos mais jovens. “Com o resultado desse levantamento nós conseguimos resultados que permitem aprimorar nossas políticas públicas, que são essenciais para prevenir uma geração de pessoas com excesso de peso”, disse o ministro durante o anúncio, nesta terça-feira, 10, dos resultados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo.
O estudo retrata os hábitos da população brasileira e é uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais e também no Distrito Federal, entre janeiro e dezembro de 2011.
O aumento das porcentagens de pessoas obesas e com excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso ideal. Agora, as proporções subiram para 52,6% e 44,7 %, respectivamente.
O problema do excesso de peso entre os homens começa cedo. Entre os 18 e 24 anos, 29,4% já estão com o Índice de Massa Corporal (IMC) – razão entre o peso e o quadrado da altura – maior ou superior a 25 Kg/m², ou seja, acima do peso ideal. Já a proporção em homens com diferença etária de apenas 10 anos (idades entre 25 e 34 anos) quase dobra, atingindo 55% da população masculina. Na faixa etária de 35 a 45 anos, a porcentagem alcança 63% dos homens brasileiros.
EXCESSO DE PESO É MAIOR COM O PASSAR DOS ANOS – O envelhecimento também tem forte influência nos indicativos femininos. Um quarto das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso (25,4%). A proporção aumenta 14 pontos percentuais na próxima faixa etária (25 a 34 anos de idade), atingindo 39,9% das mulheres, e mais que dobra entre as brasileiras de 45 a 54 anos (55,9%).
O aumento exponencial dos percentuais de obesidade em curto espaço de tempo também assusta. Se entre os homens de 18 a 24 anos, apenas 6,3% são obesos, entre os de 25 e 34 anos, a frequência de obesidade quase triplica (17,2%). Considerando somente a população feminina, há um aumento de cerca de 6% a cada diferença etária de 10 anos, até chegar aos 55 anos. Entre as brasileiras com idade entre os 18 e 24 anos, 6,9% são obesas. O percentual quase dobra entre as mulheres de 25 e 34 anos (12,4%) e quase triplica (17,1%) entre 35 e 44 anos. A frequência de obesidade se mantém estável após os 45 anos de idade, porém em um patamar elevado, atingindo cerca de um quarto das mulheres.
COMBATE À OBESIDADE – A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos.
Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é parar o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou com obesidade. Para enfrentar este desafio, que começa na mesa, o Ministério da Saúde tem investido em promoção de hábitos saudáveis e firmado parcerias com o setor privado e com outras pastas do governo.
O consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como fator de risco para a hipertensão arterial. Para diminuir o consumo de sódio entre a população, o Ministério da Saúde firmou acordo voluntário com a indústria alimentícia que prevê a diminuição, gradual, do uso do sódio em 16 categorias de alimentos.
As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e aprofundadas até 2016. O pão francês, as massas instantâneas e a maionese são alguns dos alimentos que vão sofrer redução de sal.
SEDENTARISMO DIMINUI E HOMENS SÃO OS MAIS ATIVOS – O relatório também apresenta dados sobre a prática de atividades físicas. Os homens são mais ativos: 39,6% se exercitam regularmente. Entre as mulheres, a frequência é 22,4%. O percentual de homens sedentários no Brasil passou de 16%, em 2009, para 14,1%, em 2011. Em 2009, 16% dos homens foram classificados como fisicamente inativos.
No entanto, a tendência percebida é de aumento de sedentários com o aumento da faixa etária. Se 60,1% dos homens entre os 18 e 24 anos praticam exercícios como forma de lazer, este percentual reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). Na população feminina, as proporções são semelhantes em todas as faixas etárias, variando entre 24,6% (entre 25 e 45 anos) e 18,9 % (maiores de 65 anos).
A pesquisa também revela que 42,1 % da população com mais de 12 anos de estudo pratica algum tipo de atividade física. O percentual diminui para menos de um quarto da população (24%) para quem estudou até oito anos. A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33,9%).
ACADEMIAS DA SAÚDE ESTIMULAM A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA – As ações de promoção à saúde são consideradas estratégicas pelo Ministério da Saúde para a prevenção de doenças crônicas e melhoria da qualidade de vida do brasileiro. O Programa Academia da Saúde, previsto no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil é o carro chefe para induzir o aumento da prática da atividade física na população.
O programa prevê a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para a orientação de práticas corporais, atividades físicas e lazer. A meta é construir 4 mil polos até 2014. Atualmente, há um total de 1.906 polos habilitados para construção, além de 150 academias em 91 municípios que já existiam e estavam de acordo com as normas preconizadas pelo programa, portanto, reconhecidas como Academias da Saúde.
Em 2011, o Ministério da Saúde empenhou R$186,52 milhões para incentivos de construção, dentre os quais R$124,76 milhões são recursos de Programa e R$ 61,76 milhões são recursos provenientes de emenda parlamentar.
O Governo do Estado do Piauí, por meio da Câmara de Enfrentamento ao Crack, realizará em sua sede, nesta quarta-feira, 11, a reunião para discutir as ações de planejamento da Semana de Enfrentamento ao Uso e Abuso de Drogas, que acontecerá entre os dias 25 e 29 de junho.
O encontro contará com a presença da coordenadora geral da Câmara, Zita Villar, e dos representantes das comunidades de tratamento e acolhimento do Estado, que são: Fundação Padre Pio Casa de Vida Verdadeira (Oeiras), Monte Tabor (Piripiri), Fazenda da Esperança (Campo Maior), Manassés, Filho Pródigo, Fazenda da Paz, Oficina da Vida (comunidades de Teresina) e de Água Branca.
Durante a Semana de Enfrentamento ao Uso e Abuso de Drogas serão abordados dois eixos centrais, sendo eles: Agenda Pública e Família. No primeiro serão debatidos assuntos que envolvem o uso abusivo do álcool, a venda de bebidas para menores de idade, entre outros. Enquanto o segundo eixo discutirá aspectos ligados à família dos dependentes, ressaltando o papel desta para o afastamento das crianças e adolescentes das drogas.
Mas o evento não está com a programação fechada, ficando aberto a sugestões até o dia 26 de abril. A semana está sendo pensada junto com os órgãos participantes, bem como com as comunidades, as quais poderão dar sugestões de ações a serem desenvolvidas durante o encontro.