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Um grupo de bancários esteve ontem (21), protestando contra demissões no centro de Teresina. O ato fez parte de um movimento nacional, no Piauí, com o lema “Braços cruzados, caixas parados”, os protestos aconteceram em diversos municípios.

Em entrevista ao portal Teresina Diário, o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, falou que a situação mais crítica, é a da categoria que atua no Banco do Brasil. Após ter sido apresentado pelo banco, um plano que prevê a desativação de 361 unidades do banco ainda no primeiro semestre deste ano – sendo 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento. O banco de capital misto anunciou também uma reorganização dos quadros e um Plano de Demissão Voluntária que deve atingir cerca de 5 mil funcionários.

O anúncio ocorreu em fato relevante publicado no dia 11 de janeiro de 2021,pelo banco, e destinado a investidores. Os funcionários que optarem pelo PDV terão até o início de fevereiro para oficializarem sua escolha. O anúncio veio após o banco registrar lucro líquido de R$ 3,08 bilhões no terceiro trimestre do ano passado, mesmo afetado pela pandemia. O resultado foi 27,5% menor que no mesmo período de 2019, quando o banco registrou lucro líquido contábil de R$ 4,2 bilhões.

“Esse movimento é para dizer ao Governo Federal que nós, enquanto trabalhadores do ramo financeiro, não aceitamos essas mudanças drásticas que geram grandes prejuízos para a própria sociedade e para os trabalhadores. No Piauí, tanto nas Regionais, quanto aqui em Teresina, teve uma grande adesão de praticamente 100% desse setor de caixas e de outros setores. Quero manifestar todo nosso apoio aos funcionários e funcionárias que estão sendo penalizados, mantendo o sindicato à disposição para essa luta”, afirmou.

Está prevista uma greve para o dia 29 de janeiro. “Na medida que você fecha as agências, isso trás prejuízos para a sociedade. Na medida que eu vou encolhendo as agências, eu estou prejudicando os meus clientes. Aqui no Piauí serão fechadas duas agências! Ou seja, uma agência que tem em torno de 15 funcionários, irá ficar com apenas dois funcionários. Isso é desumano, transformar essas agências em postos de atendimento”. Disse o presidente

Segundo o presidente do sindicato, essa mudança irá atrapalhar o atendimento ao cliente, já que irá ser mais complicado tirar dúvidas com funcionários, podendo optar apenas por aplicativo ou autoatendimento.

Por Teresina Diário