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Os médicos da rede estadual de Saúde iniciam paralisação na próxima segunda-feira, 13. A previsão é de que o movimento se estenda até o dia 17. Mas, é possível que os profissionais continuem parados durante o período do Carnaval, quando a demanda aumenta significativamente.

 

Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. Consultas, exames e cirurgias eletivas ficarão suspensos.

 

A presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi), Lucia Santos, disse que esta paralisação já havia sido definida anteriormente. “Faz parte de todo um processo. Já fizemos duas paralisações e até agora não houve nenhuma resposta do Governo do Estado. Infelizmente, existe essa possibilidade de se estender até o Carnaval”, afirmou.

 

A categoria reivindica reajuste salarial, para R$ 9.188,22, que é o novo piso divulgado pela Federação Nacional de Medicina (FENAM), e melhorias das condições de trabalho. Atualmente, segundo Lúcia Santos, o salário do médico da rede estadual é de R$ 2.100,00.

 

“A saúde pública no Piauí está uma calamidade. No Hospital Infantil, uma criança morreu porque o respirador quebrou. No Hospital de Barras, o médico estava fazendo parto com uma goteira na cabeça. E no HGV (Hospital Getúlio Vargas), o espaço físico está deteriorado, os (médicos) intensivistas já denunciaram isso. Está muito difícil para o médico dar um atendimento de qualidade”, ressaltou Lúcia Santos.



Jornal O Dia