“Passados mais de 100 anos do fim da escravatura, amparados na Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e garantidos há mais de 20 anos pela Constituição Federal de 1988 (que assegura a propriedade definitiva aos remanescentes dos quilombos), seria óbvio que a questão das comunidades quilombolas estivesse resolvida. Mas não é o que ocorre na prática”, lamentou o deputado federal Assis Carvalho (PT/PI), hoje, 20, Dia da Consciência Negra.
Apesar da constatação, Assis Carvalho acredita que o Governo Federal está na direção certa. “Tenho conversado com a direção de diversos órgãos federais, como o INCRA, para acelerar os processos de reconhecimento para que estas comunidades tenham acesso a políticas públicas que assegurem a promoção da igualdade racial” revelou.
Para ele, Zumbi significa a força do espírito presente, baluarte da luta negra contra a escravidão. “Fica o nosso registro e o nosso compromisso com a construção de um país sem racismo onde aconteça de fato uma democracia racial”, afirmou.
Assis Carvalho fez questão de mandar um abraço a diversos municípios e regiões do Piauí que possuem comunidades quilombolas. E citou alguns deles: Piripiri, Brasileira, Floriano, Oeiras, Parnaíba, Picos, Queimada Nova, São João do Piauí, Campinas do Piauí, Isaias Coelho, Simplício Mendes. E as comunidades de Mimbó (Amarante), Tapuio (Paulistana), Sítio Velho (Assunção do Piauí), Cana Brava dos Amaros (Paquetá, Picos), Tronco (Paquetá, Picos), Custanera (Paquetá, Picos), Sumidoro (Paulistana) e Olho d’água dos Pires (Esperantina), entre outras.
O Estado tem ao todo 64 comunidades, segundo levantamento da Fundação Palmares.
Da Redação