O clima entre oposição e situação na câmara de vereadores de Campo Maior está cada vez mais tenso. O problema maior é porque o vereador Neto dos Corredores (PSB) vem atuando fortemente na fiscalização a gestão municipal.
Mas ele reclama que está muito difícil de trabalhar como vereador porque o prefeito tem maioria absoluta e não permite sequer que os projetos sejam discutidos. Um exemplo disso foi a redução dos salários dos professores de R$ 979 para R$ 738 reais e do empréstimo de R$ 8 milhões que não passou sequer pela Comissão de Orçamento e Finanças da casa.
Segundo o vereador Carlos Torres (PSB), presidente do Conselho de Ética, até o momento não existe nenhum pedido de cassação do vereador, mas confessou que se sentiu ofendido com as declarações do parlamentar ao chamar de covarde os vereadores que aprovaram os referidos projetos enviados pelo prefeito e que a Câmara teria se tornado uma ditadura. “O Neto não tem esse direito. Todos os projetos que votei foi com convicção, e não acho que estou sendo covarde por isso”, declarou. Ele comentou que o vereador tem que trabalhar em prol da maioria e pensar no bem estar da maioria. “A maioria dos vereadores entende diferente dele e nem por isso somos ditadores”, pontuou.
Carlos falou ainda que Neto foi antiético porque o vereador não pode denegrir a imagem dos colegas. “Me senti ofendido, mas não entrei com nenhum pedido ainda. Entendo a atitude dele como inconsequente”, explicou completando: Se a gente não cuidar disso ai, vira uma bagunça. Segundo Carlos, outro motivo que lhe incomodou foi o fato de Neto ter dito numa entrevista que se senti envergonhado em vereador em Campo Maior por conta dos últimos acontecimento.
Neto informou que o vereador Zé Pereira (PT) disse pra ele ter cuidado com as palavras que poderiam lhe prejudicar. Para cassar o vereador, o grupo do prefeito precisa ter 2/3 dos votos, ou seja, apoio de 09 dos 13 parlamentares. Atualmente apenas 04 parlamentares permanecem na oposição. Apesar de ter sido eleitos na mesma coligação, Carlos Torres e Neto dos Corredores não estão se entendendo.
Neto afirma que os vereadores aliados do prefeito Paulo Martins (PT) estão incomodados com o seu comportamento em fiscalizar a administração municipal. “Meu comportamento em fiscalizar as coisas erradas da prefeitura está incomodando eles, mas não vão conseguir me calar”, salientou comentando que não fez nenhuma agressão pessoal.
Se algum vereador deseje cassar o vereador, o caso deverá ser encaminhado ao Conselho de Ética da Câmara que é composta por Carlos Torres, Regina do Zé Chico e Luis Lima. Sendo reconhecido excesso por parte do vereador, ele poderá ser cassado ou apenas sofrer advertência. Até o momento não existe nenhuma denuncia oficializada.
Wesley Paz
Campo Maior em Foco