O senador João Vicente Claudino (PTB) afirmou ontem que o Piauí precisa de um plano de desenvolvimento que priorize a atração de investimentos externos e uma gestão eficiente, capaz de garantir a infraestrutura que o Estado precisa para receber empresas e crescer. Ele diz que o Piauí está sem rumo, sem infraestrutura, carente de mão de obra qualificada, distante dos grandes mercados nacionais e servindo apenas para exportar matéria-prima, "como os grãos dos cerrados e, agora, os eucaliptos que serviriam para o projeto da Suzano, que não vem mais".
Presidente estadual do PTB, candidato ao governo do Estado em 2010, João Vicente diz que o Piauí vive uma fase de "mais do mesmo" na política e na gestão pública. "O governo faz mais do mesmo. Não está acontecendo nada. Nós estamos há pelo menos duas décadas perdendo tempo com coisas pequenas, que não levam a lugar nenhum", disse ele,
Sem citar especificamente o governador Wilson Martins nem qualquer dos governos anteriores, ele culpa a ineficiência da gestão pública e a falta de visão dos últimos governos pelo que classifica de estagnação do Estado. "O problema do Piauí é de gestão, é de falta de planejamento e de prioridade. Veja você que nem porto seco nós temos!", afirma. João Vicente Claudino é um dos vértices do triângulo que pode juntar PSDB, PP e PTB no mesmo palanque nas eleições para governador do Estado em 2014.
Para ele, é preciso um entendimento de forças políticas para estabelecer um plano de gestão para os próximos anos. "Esse entendimento passa, sem dúvida, pelas eleições do ano que vem", diz. "Mas é bom frisar que não adianta formar um grupo para simplesmente ganhar a eleição. Ou a gente muda a forma de fazer política e de gerir o Estado, ou não vamos a lugar nenhum", alerta. .
Cita, que o governador está endividando o Estado para fazer a duplicação das BRs nas saídas de Teresina (uma obra de responsabilidade do Governo Federal) e para construir estradas. "Eu entendo que a duplicação das BRs é uma obra importante e necessária, assim como as estradas ligando as cidades às rodovias federais. O problema é que isso tudo é feito sem um planejamento, totalmente dissociadas de um plano de desenvolvimento regional", observa.
Diariodopovo