Os agentes penitenciários do Piauí seguem uma determinação nacional e param as atividades no dia 30. Estarão suspensos todos as visitas, recebimentos de presos e deslocamento para audiências. O governo do Estado já foi avisado através de ofício.
A paralisação é por 24 horas. A categoria contesta o veto da Presidência da República ao projeto de lei que estende o porte de arma do agente penitenciário.
"Nós podemos andar armados. Mas, existem muitos casos de agentes que são agredidos e sofrem tentativas de homicídio em suas casas. Muitos trabalham em um estado e moram em outro. São três anos de luta, convencendo deputados e senadores a aprovarem essa matéria. A Presidência da República, por orientação da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e do Ministério da Justiça veta simplesmente. O porte o agente já tem. O que queremos é uma garantia de reação fora do estado. É o caso de agentes que trabalham em Timon e moram em Teresina", explica Vilobaldo Carvalho (foto), presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Justiça do Piauí.
Além da pauta nacional, a categoria reivindica melhorias nos presídios do Piauí. "Queremos melhores condições de trabalho e adoção de medidas que evitem a superlotação das unidades penitenciárias. Temos obras paradas há dois anos e meio. Não há nenhuma justificativa para todo esse tempo de obras paradas, como é o caso da penitenciária de Campo Maior", afirma Vilobaldo.
O Sinpoljuspi manterá cerca de 50% dos serviços durante a paralisação, no que diz respeito às atividades de praxe, como alimentação de presos e cumprimentos de mandados.
Porém, serão paralisadas as visitas de familiares, íntimas e de advogados, além do recebimento de presos e deslocamentos para audiências.
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