“Em um prostíbulo, mulheres adultas são forçadas a prestar favores sexuais e a conviver com menores explorados. O dinheiro fica para o cafetão e, se alguém denunciar, corre risco de morte. Embora criminosa esta cena não é tão excepcional quanto parece ela faz parte do cotidiano de muitas cidades brasileiras.”
“No Brasil, prostituição não é crime, é uma profissão legalizada. Ilegais são as casas de prostituição, o que dá margem aos mais diversos tipos de abusos e corrupção”, disse.
De olho no aumento da exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para regularizar a profissão das prostitutas.
Não é a primeira vez que uma iniciativa como a de Wyllys é levada a cabo no Brasil. O ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) já havia protocolado um projeto semelhante durante seu mandato (1995-2011), mas o texto foi arquivado após ele deixar a Câmara.
Jean Wyllys explicou a necessidade de um projeto como este, enfatizando sempre a urgência da regularização das casas onde são prestados serviços sexuais e a diferença entre prostituição e exploração sexual.
"Eu sei que irei receber críticas, mas eu estou colocando em pauta algo constitucional. As pessoas que praticam a prostituição são adultas e sabem o que fazem e regularizar a atividade serve para arrecadar impostos e regularizar algo que existe, não podemos negar. Volto a repetir que crianças e adolescentes que praticam sexo em troca de dinheiro, ou seja lá pelo que for, não estão se prostituindo, mas sim sendo exploradas sexualmente e isso nós temos que combater", disse Jean Wyllys.
Meio Norte