Dezenas de pessoas lotaram o armazém que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém no Distrito Industrial de Teresina à procura de milho a preço subsidiado, produto que voltou a ser comercializado na manhã desta segunda-feira (5). Cerca de 300 toneladas de milho, ao preço de R$ 18 a saca de 60 quilos, estão à disposição dos criadores, mas cada um deles só terá direito a 1.000 quilos por mês. A limitação foi imposta para que o governo possa atender a todos que necessitam.
Além das 300 toneladas que já foram desembarcadas, outras sete carretas aguardam no pátio o momento de descarregar. “Outras carretas estão a caminho, estamos só começando”, garante um funcionário do armazém.
O Piauí ficou sem milho, porque os caminhoneiros se recusavam a fazer o transporte do produto adquirido nos estados de Goiás e Mato Grosso, alegando que o preço do frete era baixo e que não conseguiam cargas de retorno. Com o reajuste no preço do transporte, a situação foi regularizada.
“Tudo que vier serve”, comemora Francisco Barrosos Barbosa, criador no município de Campo Maior, que aguardava na fila o momento de ser atendido. “Os animais estão morrendo de fome”, garante. Barbosa, com a suspensão temporária da venda do milho nos armazéns do governo, estava comprando milho a R$ 45 o saco. “É muito caro, inviabiliza o criatório”, explica.
Luiz Bandeira, outro criador de Campo Maior, agendado desde a semana passada para a compra do milho, conta que chegou a perder vários animais do seu plantel. “Com este milho, vou alimentar os que estão mais magros e tentar salvá-los”.
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