O juiz Aderson Nogueira que vem atuando na Justiça, comarca de Floriano, está de volta as suas funções. O magistrado esteve afastado devido a uma determinação do Tribunal de Justiça do Piauí. Procurado para falar sobre a questão o juiz não quis se manifestar, no entanto quem esteve se manifestando sobre a questão foi o representante do Ministério do Público e amigo do magistrado, promotor Edimar Piauílino (foto).
Quando foi indagado sobre o retorno do juiz Aderson Nogueira as suas funções no Fórum de Floriano o promotor respondeu, “esse é um assunto que nós reputamos de maior ansiedade da sociedade florianense, foi um período de extrema apreensão não só do Ministério do Público, mas posso afirmar dos advogados e principalmente, dos jurisdicionados. Nós no final do mês passado tivemos a triste informação de que o Tribunal de Justiça do Piauí havia afastado das funções o magistrado Aderson Antonio Brito Nogueira, quero deixar claro que dr. Aderson nunca gostou de se expor na mídia, de dar entrevistas e principalmente nesse episodio, ele se sentiu mais prejudicado com toda essa questão do seu afastamento pelo TJ-PI num procedimento administrativo, ou seja, não foi um procedimento criminal”, explica o promotor afirmando que esses procedimentos foram viciados por vários erros e o magistrado, bem como, o Ministério Público, advogados e jurisdicionados foram pegos de surpresa.
O Ministério Público está incomodado com o episódio por que se tratar de um fiscal da lei, disse o promotor Edimar. “O promotor tem um leque muito grande de atribuições, sobretudo, de fiscalizar a lei, de acompanhar os atos processuais, de acompanhar os magistrados na fiscalização dos atos processuais e eu conheço o dr. Aderson Nogueira por ter trabalhado com o mesmo em três oportunidades, no início da década de 90 e trabalhamos até 1993 (Canto do Buriti), quando o mesmo foi promovido para a Comarca de São Raimundo Nonato e fui promovido para São João do Piauí; de 2000 a 2003 voltamos a trabalhar em São Raimundo Nonato e dez anos depois voltei a trabalhar na comarca de Floriano, ou seja, em uma das varas que trabalho”, coloca o promotor.
Para ele os promotores não seriam irresponsáveis se havendo eventualmente qualquer desvio de conduta do magistrado aceitar passivamente sem ter que tomar uma atitude e afirmou, “quero deixar claro que o dr Aderson Antonio foi injustiçado por uma decisão precipitada, cujo fato foi levado ao conhecimento por duas pessoas de Floriano, por dois cidadãos de Floriano que a sociedade conhece muito bem e me reservo no direito de não declinar os nomes dessas pessoas, mas quem conhece sabe e o dr. Aderson Julgou processos que feriu interesses. Eu meto a mão no fogo pela conduta do Dr. Aderson, não só a mão, mas o corpo inteiro por conhecer a personalidade e o caráter desse magistrado que Floriano conhece muito bem, é um ser humano extraordinário, um exemplar pai de família e cidadão, um homem temente a Deus e que vive exclusivamente para o seu trabalho, e para os serviços que ele presta como magistrado”.
A liminar que determinou o retorno do magistrado as suas funções foi concedida no dia 25 de outubro pelo Conselho Nacional de Justiça, por entender, segundo o representante do MP, que havia uma série de equívocos no seu afastamento e a promotoria estava se sentindo incomodada por não ter tido a oportunidade de se pronunciar.
Da redação
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