O governador Wilson Martins vai abrir, no próximo dia 6, no povoado Santa Teresa, zona rural de Teresina, a 18ª campanha estadual de combate à febre aftosa, cujo resultado final poderá garantir a passagem do Piauí para o estágio de área livre da doença com vacinação, permitindo a comercialização de animais de seu rebanho em outras regiões do país.
Paralelo à vacinação, será feita a coleta de sangue de cerca de 8 mil animais de 180 propriedades localizadas em áreas de risco. Os animais dessas propriedades, com idade de 6 a 24 meses, não serão vacinados e o exame de circulação viral vai determinar os próximos passos do Piauí no combate à febre aftosa.
Segundo o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), José Antônio Filho, os animais escolhidos para o exame sorológico ficam em propriedades que oferecem grande trânsito de bovino e estão próximas a lixões e matadouros.
José Antônio Filho se diz preocupado com a situação de cerca de 150 municípios do Semiárido, onde os animais estão fracos e não suportarão uma dose da vacina, mas acredita que o quadro não comprometerá o avanço do Piauí. “Já comunicamos o problema ao Ministério da Agricultura, porque a situação não é só nossa, é de toda a região Nordeste”.
As campanhas de vacinação de forma sistemática começaram em 2003 e, de lá para cá, são realizadas sem interrupção. Como resultado, no período, o Piauí deixou de ser área de risco desconhecido e passou para a de risco médio. Na primeira campanha, foram vacinados apenas 45,02% do rebanho. Já em 2011, foram vacinados 95,72% do rebanho bovino, estimado em 1,7 milhões de cabeças.
O diretor da Adapi também esclarece que o criador não precisa esperar pela abertura da campanha para começar a vacinar seu gado. “As vacinas estarão à venda a partir do dia 1º de junho e a vacinação poderá se feita a partir desta data”.
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