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Sem o apelo dos micos-leões, das baleias e das ararinhas azuis, porém fundamentais à ecologia, as abelhas se encaminham para o risco de extinção. Países da Europa e da América do Norte vêm relatando o desaparecimento delas com números preocupantes. "Também há perdas no Brasil, principalmente no Sul, mas também em cidades paulistas. Antes, era muito raro, agora é mais comum", informa o pesquisador americano David de Jong, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.

- Na Europa, nos EUA e no Canadá, eles descobriram vários motivos para as abelhas morrerem. Agora, especificamente o que está provocando isso, não sabe. Está claro que a perda é muito maior do que era há poucos anos. Sempre houve situações em que morreram muitas abelhas repentinamente. Mas esse fenômeno atual, mais forte, foi descoberto em 2006., diz o biólogo.

- Nos EUA, eles perdem, a cada ano, cerca de 35% das colméias, em média. Alguns apicultores perderam todas (as colméias). Na Espanha, falaram em 30%, 40% - acrescenta o biólogo, doutor no estudo de insetos e especialista em patologia de abelhas.

O Piauí, um dos maiores produtores de mel do pais, já discute o problema, e realizou nos dias  1 e 2 de dezembro, o II Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura, em Teresina. O evento, o maior evento do ramo no Brasil, foi realizado pela Federação das Entidades Apícolas do Piauí (Feapi) e com apoio do Governo do Estado.

O tema do encontro foi "Mudanças climáticas e a criação de abelha". Como parte da programação, houve uma visita à Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), em Picos, e à Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi).

Além disso, palestras, oficinas, mini-cursos, conferências, painéis temáticos e rodadas de negócios com temas como biologia, anatomia e fisiologia das abelhas, formas de integração para maior sustentabilidade da apicultura e meliponicultura do Nordeste e polinização foram  abordados.

O mel é o terceiro produto no ranking de exportações do Piauí. As vendas externas do produto movimentaram, entre janeiro e outubro de 2011, cerca de R$ 20 milhões, segundo a Federação das Entidades Apícolas do Estado do Piauí (Feapi).



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