Numa reunião com vários empreendedores que lidam com trailers muitas situações foram esclarecidas. “O objetivo da Prefeitura é esclarecer aos donos de estabelecimentos, principalmente dos trailers, quais foram os atingidos pela medida liminar. Em conversa com o Ministério Público (MP) e o aval do Juiz, estamos tentando fazer um termo de ajuste de conduta com o MP para viabilizar o funcionamento de alguns estabelecimentos, para isso, foi designada essa reunião para esclarecer esse fato”, disse o procurador afirmando que os outros estabelecimentos, tais como, Mercados Públicos e Terminal Rodoviária continuarao proíbidos de comercializar bebidas alcoólicas, porque estão atingidas pela liminar em vigor.
Ainda sobre o funcionamento dos trailers, o advogado João Gonçalves, afirmou que se houver a liberação do comércio de bebidas alcoólicas, algumas questões voltadas ao código de postura do município devem ser cumpridas, como exemplo, a quantidade de mesas e os horários de funcionamento desses locais.
Os empreendedores tem presa em voltar as suas atividades, por isso, disse o advogado, “tão logo termine essa reunião estarei me dirigindo para o Fórum para passar o resultado das discussões, aceitação ou não dos comerciantes que trabalham nesse ramo, para que possamos passar para o papel e levar para o Juiz homologar o acordo entre o MP e o Município”.
A reunião se deu com presenças de algumas autoridades locais, entre as quais, o vereador Edvaldo Araújo, o secretario Fábio Cruz (Infraestrutura), o diretor do Mercado Central o seu Alberto e outras.
Um dos locais de maior movimento à noite e que costuma reunir inclusive autoridades locais é um trailer que funciona ao lado da Câmara Municipal de Floriano. No local, o empreendedor João Carlos (Galego/camisa verde), comercializa cerveja e whisky de várias marcas, além de outras bebidas alcoólicas. Com a liminar o Galego está vendendo somente lanches e recebendo observações como reclamações dos clientes que usavam o local para bate papo com amigos e que costumavam tomar um aperitivo ou outra bebida.
“Estamos funcionando todos os finais de tarde e a noite somente com sanduíche, espetinhos, refrigerantes e sucos. A cerveja nós paramos de vender desde a quarta-feira de cinzas por ordem judicial, apesar de não termos recebido nenhum comunicado, mas nós paramos e estamos aguardando que seja resolvido esse problema”, disse o João, que desabafou, “É uma coisa arbitrária...as pessoas que trabalham, que dão emprego, estão paradas e àquelas que vendem drogas na cidade inteira, em todos os lugares tem venda de drogas e ninguém combate, e as pessoas que estão trabalhando são impedidas de trabalhar”.
O empreendedor disse que gera dez empregos, mas também estão prejudicados com a ação, donos de padarias, distribuidoras de bebidas e outros que depende daquilo ali, enfatizou.
O empreendedor está apostando nos vereadores da cidade em alterar o código de postura do município e externou, “na sexta-feira os vereadores devem fazer um estudo do Código de Postura e acredito que quem vai acabar com tudo isso, são os vereadores, no momento que eles alterarem o Código de Postura, nada disso mais está valendo”, concluiu.
João Carlos disse que o seu trailer é tido como coração da cidade, pois tem 24 anos de funcionamento, e por se tratar de um local atrativo para encontros de famílias e amigos, seja no meio da semana, ou mesmo nos finais. Ele colocou ainda que, o que falta é segurança, pois já teve que correr com alguns desocupados do seu local de trabalho que às vezes querem aprontar.
Da redação
IMAGEM: piauinoticias.com