O empresário Conegundes Gonçalves de Oliveira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista, em Floriano, continua defendendo a tese de que comércio deveria funcionar, mas alguns critérios,
O empresário lembra que muito governantes tem tomadas medidas absurdas e, que infelizmente, a política está sendo usado num momento que não era para ser usada.
“Nós devemos ter um prejuízo no mercado de Floriano na ordem dos R$ 100 milhões, pois existem as pessoas que vinham de outras cidades que deixaram de vir e esses comércios que estão fechados representam 60% da economia local, da circulação de recursos”, cita o líder sindical afirmando que mesmo com a maior parte das empresas fechadas os supermercados locais juntos ainda movimentam cerca de R$ 500 mil, mesmo assim, houve uma queda nas vendas nessas empresas.
Conegundes lembra que só tem quatro seguimentos que estão vendendo: postos de combustíveis, supermercados que são dez pontos grandes de vendas (sem contar os mercadinhos), as padarias e as farmácias, contudo houve muita queda nesses seguimentos. A Prefeitura local efetuou alguns pagamentos (folha) que, de acordo com dados, são cerca de R$ 8 milhões circulando, mas não é o suficiente, questiona.
O empreendedor cita ainda que os recursos recebidos pelos servidores em nível de Estado e Federal, uma boa parte está indo para o setor de alimentos.
“No meu caso, a minha empresa que não posso abrir, não tenho a mínima participação de participar desse dinheiro”, externa afirmando mesmo com a empresa estão chegando algumas obrigações que devem ser pagar, mas não há dinheiro para o cumprimento dessas obrigações.
Ele disse que a cada dia com o comércio fechado a sua preocupação. Quando ao COVID, ele tinha essa preocupação, mas que casos já eram esperados e cita que o caso foi importado.
“O caso é preocupante, mas se tem a informação da origem e, esperamos que o paciente que veio de São Raimundo Nonato não seja internado”, coloca afirmando que o prefeito fez um drama ao noticiar o caso nesse domingo.
OUTRO LADO
O prefeito Joel é citado no final da matéria e foi procurado para se manifestar, via telefone pelo Piauí Noticias, mas não foi possível a comunicação, no entanto, por meio do secretário Nilson Ferreira, da Comunicação, o mesmo afirmou que não iria responder ao empresário.
Pouca gente lembra, mas hoje em Floriano é feriado municipal. Na semana passada os vereadores aprovaram, em sessão extraordinária, um Projeto de Lei em sessão na Câmara Municipal, enviado pelo Executivo, que antecipou o feriado do dia 02 de Julho, dia de Nossa Senhora das Graças para essa segunda-feira, 20.
Com isso, hoje os supermercados deveriam funcionar até o meio, alguns laboratórios que deveriam funcionar estão fechados e há ainda outras restrições.
As informações são do líder sindical, Conegundes Gonçalves de Oliveira afirmando as mesma situações devem se colocada pratica no dia 30, quando ocorre um novo feriado, ou seja, a antecipação do feriado do dia 08 de julho – aniversário de Floriano.
Como as empresas já vem fechadas a cerca de três semanas as pessoas não se lembram do feriado.
O Terminal de Passageiros Filadelfo Freire, que fica na região do Conjunto Aparecida Procópio, em Floriano-PI, continua operando com apenas uma linha de ônibus das 13 instaladas no local.
Com esse trabalho dessa Empresa, semanalmente chegam pessoas em Floriano de algumas partes do País, mas de acordo com profissionais que trabalham no local todas as vezes que os ônibus chegam, todos os passageiros são monitorados pelo pessoal da Vigilância Sanitária no momento do desembarque. Os profissionais em saúde da Vigilância visam combater o COVID 19 que nesse domingo teve o primeiro caso confirmado na cidade.
Já são cerca de três semanas com os estabelecimentos do Terminal: bares, restaurantes, lanchonetes e outros comércios fechados.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae Nacional, divulgou na última semana a segunda edição do levantamento O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios. O estudo, realizado entre os dias 03 e 07 de abril com 6080 donos de pequenos negócios, considera informações desde quando iniciou a crise do Coronavírus. No Piauí, foram 44 respondentes, sendo 48,9% MEI, 27,8% microempresa e 23,4% empresas de pequeno porte.
A pesquisa revela que 55% das micro e pequenas empresas de todo o país precisarão pedir empréstimos para se manter no mercado e não gerar demissões. No Piauí, o percentual de pequenos negócios que devem recorrer a financiamentos é de 58%.
“O Sebrae está à disposição dos empreendedores para orientá-los como obter crédito de forma segura, uma vez que o acesso ao crédito deve ser feito de forma planejada para que seja realmente uma solução e não um problema futuro para as empresas, garantindo a sustentabilidade dos empreendimentos”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.
O levantamento traz ainda dados de empresas que já recorreram a financiamento nas últimas semanas. Em todo o país, 30% dos pequenos negócios buscaram crédito nas instituições financeiras, destes apenas 11,3% conseguiram ter acesso ao capital, contra 29,5% que estão aguardando resposta e outros 59,2% que tiveram o pedido negado.
No Piauí, 34% dos entrevistados já buscaram algum tipo de financiamento. Destes 55% tiveram seus pedidos negados. O percentual de empresas do Estado que obtiveram crédito e as que ainda estão aguardando resposta são iguais, ficando em torno 22,5%.
“O crédito ainda é um dos maiores gargalos na gestão de um pequeno negócio. E nesse período de pandemia é um fator que pesa ainda mais, quando se considera que muitos estabelecimentos estão fechados, sem faturamento, e precisam de capital de giro para honrar os compromissos com fornecedores e colaboradores. Por isso, muitas medidas já foram adotadas para facilitar a vida das micro e pequenas empresas”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.
Entre as medidas adotadas pelo Governo para mitigar os impactos da crise sobre os pequenos negócios estão: Auxílio Emergencial para MEI, autônomos, informais e desempregados; suspensão dos contratos de trabalho e diminuição da jornada de trabalho com redução salarial e compensação do governo para o empregado; linhas de crédito com juros reduzidos para financiar os salários de empregados de empresas, ficando as mesmas impedidas de demitir; diferimento de tributos do Simples Nacional; entre outras providências.
Mas apesar da ampla divulgação dessas medidas, segundo o levantamento do Sebrae, a maioria dos donos de micro e pequenos negócios ainda desconhecem os decretos governamentais, que dispõem sobre as vantagens e benefícios dessas ações de governo, em especial as linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões. Em todo o país 29% dos entrevistados dizem não conhecer essa medida, enquanto 57% só ouviu falar a respeito. O percentual de pessoas que conhecem bem é de apenas 14%. No Piauí a tendência se mantém, com 31% dos respondentes afirmando não conhecerem, 52% ouviram falar e 17% conhecem bem.
GARANTIA PARA O CRÉDITO
Segundo o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, o levantamento confirma a importância da medida anunciada pelo governo no que se refere à alavancagem que a instituição está fazendo no Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas, Fampe.
Nos próximos três meses, o Sebrae vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação, para ampliar o crédito aos pequenos negócios. A operação de socorro deve começar com R$ 1 bilhão em garantias, o que viabilizará a alavancagem de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.
“Um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos pequenos negócios, incluindo o Microempreendedor Individual, obter os recursos para capital de giro, tão necessários nesse momento de crise para manter os negócios e os empregos”, explica Carlos Melles.
OUTROS DADOS DA PESQUISA
O levantamento mostra que, além da dificuldade de acesso a crédito, os pequenos negócios também enfrentam queda no faturamento. Quase 88% dos empresários ouvidos no Brasil viram seu faturamento cair 75% em média, e a estimativa, segundo os entrevistados, é que as empresas só consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias.
No Piauí, o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento segue a tendência nacional, sendo que a média de redução foi um pouco maior, chegando a quase 82%. Segundo os empresários piauienses, os negócios conseguirão permanecer fechados e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por pouco mais de 27 dias.
Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, a situação financeira das empresas já não era considerada boa pela maioria dos donos de pequenos negócios. Em todo o Brasil, 73% disseram que era razoável ou ruim, mesmo antes da chegada da pandemia. Já no Piauí, esse percentual é de 79%.
O estudo mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente no país, e no Piauí chega a quase 80%. Entre os 38% no Brasil e 20% no Piauí, que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer entregas, atuar no ambiente virtual ou com horário reduzido. A pesquisa indica ainda que, nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos entrevistados no Brasil demitiram funcionários, contra 16% no Piauí.
A informação sobre como deve funcionar as empresas nessa quinta é da presidente da Classe Comerciária a líder Jocilena Falcão. Ela recebeu o repórter Ivan Nunes, do Piauí Notícias, para externar sobre como será o funcionamento das empresas no Dia de Corpus Christi.
Na entrevista, Jocilana informa que algumas empresas consideradas essências estarão em funcionamento, mas cumprindo o que determina a Lei e o acordo firmado entre as classes de patrôes e empregados do comércio local.
O Sindicato, ainda de acordo com ela, deve agir no caso de algum empreendedor descumprir o acordo. Veja a entrevista com a lider Jocilane Falcão.