Por volta das 16:00h dessa segunda-feira, 28, o advogado Pitágoras Veloso conseguiu decisão na Justiça para revogar a prisão preventiva do cabo Wanderley Silva, que atirou no cantor Saulo Dugado em uma briga de padaria no dia 17 deste mês.
O advogado afirmou que W. Silva estava armado no momento da confusão, pois estava indo ao fórum e que o objeto seria para defesa, já que iria ser testemunha de acusação em um processo. Segundo ele, o PM se precaveu de eventual retaliação.
“Naquele dia, ele estava indo para um audiência como testemunha de acusação e foi requisitado pela 7ª Vara. Tão logo, ele estava indiretamente à serviço da Justiça. Ele ia ser testemunha de acusação de um grande traficante que ele prendeu aqui. Você sabe que traficante tem amigos, tem comparsas e, normalmente, antes de chegar no fórum, testemunhas são mortas, ou quando sai são mortas. Então, ele já precavendo isso, botou a arma, isso 9h da manhã, e resolveu passar na padaria para tomar um café. E justamente quando ele chegou lá, já encontrou aquela confusão”, explicou.
Pitágoras Veloso disse que Wanderley estava no exercício policial e tinha por obrigação agir naquele momento, para o bem das pessoas que se encontravam na padaria. “Ele estava ali defendendo a sociedade, no exercício legal da profissão. Era dever dele, era obrigação. Se nada ele fizesse, e se ele fosse identificado como policial, ele ia responder processo por prevaricação, porque foi omisso. Então, a gente tá naquela máxima ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’”, argumenta.
O defensor disse, ainda, que todas as medidas cautelares que anteriormente foram impostas para a liberdade provisória foram quebradas. Segundo ele, cabo W. Silva agora pode andar armado para qualquer lugar, estando a serviço da Polícia Militar ou não.
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Foto: Marcelo Cardoso