criançaA menina de iniciais L.S.S., 8 anos, que era mantida em cárcere privado pela mãe, identificada como Charlene, e pelo padrasto, Woody Alen, no município de Uruçuí, teve alta hospitalar na tarde de ontem, 13, e o juiz do município deu sua guarda provisória ao pai.

 

A criança continua no hospital até esta sexta-feira, 15, depois será entregue ao pai, que atualmente vive na cidade na companhia da segunda esposa. O casal não teve filhos. A irmã de L.S.S., também filha de Charlene, continuará morando com os vizinhos, já que a mãe continua presa, respondendo pelos crimes de tráfico de drogas, cárcere privado, tortura e abandono de incapaz.

 

O conselheiro tutelar Leodimar Almeida disse a reportagem que já entrou em contato com um abrigo em Teresina e que não está descartada a possibilidade da criança ser transferida para a capital. "Precisamos ver apenas a disponibilidade de vagas, mas se o juiz determinar que o pai não tem condições de criar a menor, ela será levada a Teresina", explicou.

 

 

Pai está sendo investigado

 

O Conselho Tutelar ainda investiga se o pai de L.S.S. tem ficha criminal. "O delegado não nos informou o que perguntamos. Acredito que possa ter algum caso correndo em sigilo, pelo que os moradores daqui comentam, mas não conseguimos confirmar e ainda estamos investigando", acrescentou.

 

A criança foi encontrada durante uma operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. A menina estava deitada nua, no canto de um quarto escuro, no chão. Ela tinha sujeira por todo o corpo, inclusive fezes. L.S.S. nasceu com deficiência auditiva, por isso, além de não escutar, também não fala.

 

De acordo com o boletim médico, a menor estava desnutrida e desidratada quando deu entrada no hospital. "Agora, depois da internação, ela está bem melhor, já se alimenta bem, já está mais esperta", contou o conselheiro.

 

 

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