A mãe de um adolescente de 14 anos, Osmália Pereira, denuncia que o filho ficou embriagado durante uma festa de confraternização, ocorrida supostamente dentro da escola municipal Delmira Coelho Machado, no bairro Buenos Aires, zona Norte de Teresina, onde estuda há sete anos. Ela disse que quer providências da Secretaria Municipal de Educação (Semec).
Segundo a dona de casa, o adolescente teria consumido a bebida dentro da escola. "Quando cheguei lá estava um cenário muito feio. Um monte de gente ao redor dele e ele agarrado com o diretor. Quando me viu se jogou para cima de mim. Eu não tive ação para ver ele", destacou Osmália Pereira.
E acrescentou: "Quero que a Secretaria de Educação tome as providências, porque as escolas têm que prestar mais atenção nos alunos e que tivesse mais responsabilidade porque isso não pode acontecer".
Existe uma lei municipal que proíbe a venda e a concessão de bebida alcoólica para menores de 18 anos e até mesmo a permanência de crianças e adolescentes em bares, restaurantes e boates sem estarem acompanhados dos responsáveis após as 23h.
Vara da Infância
Em entrevista ao Notícia da Manhã, a promotora Vera Lúcia Santos afirma que já recebeu denúncias semelhantes, porém em situação menos grave.
“Não podemos nos antecipar e dizer que diretores e professores são responsáveis sem apurar. Como a mãe já denunciou na delegacia de proteção a criança, vamos aguardar o resultado da investigação para saber. Caso seja comprovada, responsabilidade é da coordenação da escola. Tem que ser punida porque se é uma festa de confraternização tinha que ter os responsáveis presentes, já que não se faz uma festa de confraternização dentro de uma escola sem diretores e professores”, explicou à promotora.
Vera Lúcia afirma que a quantidade de bares próximos às escolas preocupa o Ministério Público “É Preciso uma lei que regularize a distancia entre escolas e bares porque muitos menores saem da escola para frequentar os bares. É até uma oportunidade para os vereadores eleitos se preocuparem e regulamentarem uma distância mínima entre escolas e bares”, destacou.
Ela disse que apenas dois policiais e dois chefes de investigação não insuficientes para fiscalizar os bares para não venderem bebida alcoólica para adolescentes. “O número de profissionais para fiscalizar é muito pequeno e ficamos de mãos atadas para fazer o nosso trabalho como tem que ser feito”, destacou a representante do MP.
Cidadeverde