A Polícia Militar do Piauí vai celebrar, nesse sábado, 21, o Dia de Tiradentes, patrono das Polícias Militares do Brasil, com a promoção de oficiais e a entrega de medalhas de tempo de serviço. A solenidade, que terá a presença do governador Wilson Martins, está marcada para as 8:00h, no pátio interno do Quartel do Comando Geral, no bairro Ilhotas.
Segundo a programação, serão promovidos 56 oficiais, dos quais quatro ao posto de coronel, seis a tenente coronel, oito a major, 15 a capitão do quadro de combatente, cinco a capitão do quadro administrativo, sete a 1º tenente do quadro administrativo e 11 a 2º tenente do quadro administrativo.
Na solenidade, também serão entregues 118 medalhas de 10 anos de serviço, 70 medalhas de 20 anos e outras 26, de 30 anos. A PM celebra o Dia de Tiradentes anualmente, sempre com promoções de oficiais. A promoção de praças acontecerá no dia 25 de junho, dia do aniversário da Polícia Militar do Piauí.
Patrono
Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o patrono das Polícias Militares do Brasil, nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje, Tiradentes) e São João del Rei, Minas Gerais. Foi Alferes de Milícia, e comandante do destacamento de Dragões na patrulha do Caminho Novo, estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da Capitania das Minas Gerais ao porto do Rio de Janeiro.
No século XVIII, a ascensão da economia mineradora trouxe um intenso processo de criação de centros urbanos pela colônia acompanhada pela formação de camadas sociais intermediárias. Nessa época, os ideais de igualdade e liberdade do pensamento iluminista espalhavam-se nos meios intelectuais da Europa.
Na segunda metade do século XVIII, a economia mineradora dava seus primeiros sinais claros de enfraquecimento. O problema do contrabando, o escasseamento das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas na colônia.
No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas que os mineradores acumulavam junto à Coroa. Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Com isso, as elites intelectuais e econômicas da economia mineradora, influenciadas pelo iluminismo, começaram a se articular em oposição à dominação portuguesa.
Aproveitando da agitação contra a cobrança do imposto, os inconfidentes contaram com a mobilização popular para alcançarem seus objetivos. Entre os inconfidentes estavam poetas como Claudio Manoel da Costa e Tomás Antonio Gonzaga; os padres Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis; e o alferes Tiradentes, um dos poucos participantes de origem popular dessa rebelião. Eles iriam proclamar a independência e a proclamação de uma república na região de Minas.
Tratando-se de um movimento composto por influentes integrantes das elites, alguns poucos denunciados foram condenados à prisão e ao degredo na África. O único a assumir as responsabilidades pela trama foi Tiradentes. Para reprimir outras possíveis revoltas, Portugal decretou o enforcamento e o esquartejamento do inconfidente de origem menos abastada. Seu corpo foi exposto nas vias que davam acesso a Minas Gerais. Era o fim da Inconfidência Mineira.
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