Policiais federais de todo o Brasil entram em greve a partir da próxima terça-feira, 7. Com o movimento, todas as investigações, inclusive do caso Fernanda Lages, ficarão suspensas. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato da Polícia Federal no Piauí, Luís Alberto José da Silva.
De acordo com ele, a categoria reivindica a reestruturação das carreiras dos agentes, escrivães e papiloscopistas. Além disso, exigem a saída do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra. “Ao longo do um ano e meio que ele passou no cargo, mostrou total descomprometimento com a categoria”, alegou o presidente.
Ainda segundo Luís Alberto, a abertura oficial da greve acontece na terça-feira com a entrega das armas e das carteiras de identificação dos policiais.
Caso Fernanda
Com o início da greve da categoria, o resultado do inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages, previsto para o próximo dia 22 de agosto, poderá ficar prejudicado.
No último dia 20 de julho, o promotor Ubiraci Rocha, do Ministério Público do Estado do Piauí (MPE-PI), concedeu uma entrevista coletiva para informar que a PF havia solicitado prorrogação do prazo por mais 90 dias. No entanto, como restam apenas a entrega dos resultados dos exames cadavérico, toxicológico, do local do crime, integrante de mídia (filmagens próximas ao local) e de gravidez, a instituição concedeu apenas 30 dias.
Fernanda Lages tinha 19 anos quando foi encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, na obra de construção da nova sede do Ministério Público Federal, em Teresina. A morte chegou a ser investigada pela Comissão de Investigação do Crime Organizado (Cico), da Polícia Civil do Piauí, mas com a insatisfação do resultado apresentado, a PF assumiu o caso em novembro de 2011.
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