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Um integreante da Polícia Militar do Piauí de nome Cordeiro, que presta serviço em Teresina, apontou um revólver para cabeça de médicos do Hospital Municipal Leônidas Melo e para enfermeiros do SAMU por volta de meio-dia da segunda, 24, e em seguida disparou 4 tiros dentro da casa de saúde.
Uma sobrinha sua e duas outras pessoas andavam numa só moto seguindo da cidade de Barras para o Povoado Currais Novos, na zona rural do Município, onde iriam passar o Natal, quando colidiram com um táxi da cidade vizinha de Nossa Senhora dos Remédios. O motorista do táxi evadiu-se do local do acidente e as três pessoas que andavam na moto, Ana Carolina Sousa Xavier, Maria do Amparo Sousa Xavier e José Gonçalves Ramos, ficaram gravemente feridas, sendo que uma das moças foi a óbito.
Uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamada ao local do acidente, conduzindo os feridos para o Hospital Municipal Leônidas Melo. Os feridos ao chegarem ao hospital na ambulância ficaram sabendo que a ambulância não podia levá-los a Teresina, pois a mesma é usada somente para atuação do SAMU dentro do município de Barras. As duas velhas ambulâncias do Hospital Leônidas Melo, segundo a diretora Maria Torres, estão quebradas, uma delas quebrou na segunda, 24, e a outra há alguns dias.
O hospital vem recebendo mensalmente a quantia de R$ 120 mil, o que só dá para pagar a folha de pagamento dos funcionários e um pouco mais das necessidades básicas da casa de saúde, que foi municipalizada na gestão do ex-prefeito Manim Rego (PSB).
As estudantes são filhas da professora residente em Barras, Ana Célia. Os feridos ficaram dentro da ambulância por cerca de uma hora esperando que o SAMU de Teresina liberasse a ambulância do SAMU de Barras para que os feridos fossem conduzidos a Capital, pois o único hospital de Barras tem péssimas condições de atendimento devido a falta de investimento da Prefeitura Municipal, cujo prefeito é Francisco Marques da Silva (PMDB), que está deixando o mandato e junto deixa também ruas e praças sujas e a cidade num total clima de abandono.
A situação ficou tensa na porta do hospital. De acordo com informações da prima das vítimas, Verônica de Sousa (de camiseta rosa com com uma branca por cima), foi preciso o tio dar um tiro dentro do hospital para a ambulância ser liberada. A família temia que a situação das jovens pudessem se agravar se não chegassem rapidamente a um hospital de Teresina, mas uma delas morreu.
“As duas estão com as pernas quebradas e sangrando bastante. Uma delas bateu a cabeça e está inconsciente (esta chegou a morrer). A diretora do hospital, Maria Torres, registrou Boletim de Ocorrência na única Delegacia de Polícia de Barras, 45 mil habitantes, contra o policial PM Cordeiro, que deu tiros dentro da casa de saúde.
Tribuna de Barras