A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 27, em Parnaíba, uma operação para combater o tráfico de drogas no litoral do Estado, denominada Operação Catavento. Três pessoas foram presas e foram apreendidas três armas, dinheiro e drogas (crack e maconha).

O Juiz de direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba expediu nove mandados de busca e apreensão, todos para serem cumpridos nas casas de pessoas apontadas pelas investigações como sendo traficantes de drogas.

Participam da operação 37 policiais federais, lotados na Superintendência da Polícia Federal no Estado do Piauí e na Delegacia de Polícia Federal de Parnaíba.

O trabalho policial foi em decorrência do aumento no índice de violência no Bairro São Vicente de Paula, conhecido popularmente por Catavento, havendo a notícia inclusive de disputa de traficantes pelo domínio do mercado local, o que vem gerando inclusive confrontos armados entre os criminosos.

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A ocupação da Polícia Militar na região Norte de Teresina foi planejada com base em informações do serviço de inteligência. No início desta manhã, 250 militares ocuparam ruas e avenidas em toda a região, 50 deles somente no Morro da Esperança, mais conhecido como Morro do Urubu.

De acordo com o comandante Geral da Polícia Militar, coronel Gerardo Rebelo, o objetivo é pulverizar a operação Pente Fino em todas as regiões mapeadas, através de estudo onde estão os maiores índices de criminalidade.

“Só no Morro da Esperança, o serviço de inteligência contabilizou nove bocas de fumo, duas delas, consideradas as maiores, foram desbaratadas, durante a operação desta terça-feira”, destacou o comandante geral.

No Morro da Esperança foi apreendida uma quantia não especificada de dinheiro trocado, facas e celulares, que de acordo com o capitão Fábio Abreu, comandante do Rone, foram usados como moedas de troca por drogas.

Ele disse ainda que foram presos Ana Mércia Cardoso, 43 anos e Francisco Fábio do Nascimento, conhecido Pituíba. Também foram encontrados no local uma pequena quantidade de drogas que era escondido um suposto registro de água. “É um local inusitado todos encontramos novos esconderijos para as drogas”, completou o capitão Fabio Abreu.

Segundo a polícia, Mércia usaria os próprios filhos e até crianças no tráfico de entorpecentes. Do outro lado da avenida, aos fundos da boca da Mércia, foi desbaratado o ponto de vendas do acusado de tráfico, conhecido com Painho, e que, de acordo com os militares, atua em toda a região Norte.

Em toda a região Norte, foram apreendidas cerca de 50 pedras de crack. Ao todo foram realizadas nove conduções. Para o comandante do Policiamento da Capital, coronel Alberto Meneses, operações como esta visam minimizar os prejuízos causados pela criminalidade a toda comunidade que vive no entorno.

“A importância de um trabalho com este é mostrar o poder do Estado no controle do crime. O objetivo é acabar com o consumo de drogas”, coronel Alberto.

Estão na operação policiais do Rone, Gate, Bope, Policiais Militares de vários batalhões e do Canil, onde cães farejadores estão sendo utilizados para varredura do local.

Assim como na última operação, na Vila Jerusalém, a polícia deve permanecer por uma semana na região.

Cidade Verde

Flávio Loss, um dos maiores agropecuaristas e criadores de gado do sul do Piauí foi preso pela Polícia Civil em sua residência em Uruçuí. O gaúcho foi acusado de porte ilegal de armas e munições. O inquérito foi presidido pelo delegado Francisco Rodrigues da Silva. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pelo Juiz da comarca de Uruçuí Sérgio Roberto Marinho Fortes do Rêgo, quando encontraram em poder do agropecuarista um revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 20 sem os devidos registros, além de muita munição, algumas delas já deflagradas.

Flávio foi encaminhado para a delegacia da cidade e autuado em flagrante.  Francisco Rodrigues da Silva havia solicitado também a prisão preventiva, que foi negada pelo magistrado. O agropecuarista é o principal acusado de envolvimento no sequestro e cárcere privado da estudante universitária Amanda Cardoso Farias, de 20 anos de idade. A jovem foi sequestrada por dois homens (não identificados) e levada para um matagal na cidade de  Estreito –MA.

Em seu depoimento, a mesma afirmou aos policiais que no dia 09 deste mês foi levada pelo acusado até a sua casa (dele Flávio) e mantida um dia inteiro em cárcere privado, chegando inclusive a ser agredida fisicamente e ameaçada de morte por Flávio e sua esposa conhecida como Preta Loss. Amigos de Amanda, que a viram entrando no carro do acusado, estranharam a demora e foram até a casa da família Loss. Só após a ameaça de chamar a polícia é que a estudante foi libertada.

Novo sequestro

Três dias após esse fato, a estudante foi novamente sequestrada. Dessa vez, dois homens em um carro branco abordaram Amanda no centro de Uruçuí e ordenaram que ela entrasse no veículo, a vítima foi amarrada e levada pelos acusados. Ela relata ter passado três dias em poder dos sequestradores, se alimentando apenas com biscoitos, e que eles afirmaram que a ordem era para dar um “sumiço” nela. A estudante foi liberada em um matagal na cidade de Riachão – MA, distante mais de 300 quilômetros do local de onde foi levada.

Ela caminhou por horas até conseguir carona com um caminhoneiro até a cidade de Balsas – MA. Lá, procurou a policia local que tomou seu depoimento e alertou a polícia do Piauí, que providenciou a volta da estudante para casa. O sequestro ganhou enorme repercussão em Uruçuí, já que Amanda é bastante conhecida na cidade.

Os motivos

A estudante universitária diz não ter nenhuma dúvida de que a família do agropecuarista está por trás do sequestro e revelou em seu depoimento na delegacia do município que Flávio Loss tentava proteger sua filha Flavianne Loss que comandava um esquema de envio de mensagens para várias pessoas em Uruçuí, inclusive autoridades do município. Amanda revelou que havia ameaçado viajar para Teresina e denunciar Flavianne que era sua melhor amiga, já que a polícia procurava identificar o autor das mensagens que continham ameaças e difamações.

Fiança

O agropecuarista passou cerca de cinco horas preso na delegacia de Uruçuí e foi liberado após pagar uma fiança de cerca de 30 mil reais, uma das maiores já pagas em delegacias do interior do Piauí. Flávio vai responder o processo em liberdade, apesar de já ser processado por outro crime por disputa de terras na comarca de Bertolínia.

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