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joebidenO democrata Joe Biden, de 78 anos, tomou posse nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos, sucedendo o republicano Donald Trump. Em um discurso apaziguador, o democrata pediu união para derrotar o extremismo e restaurar a alma americana.

"Temos que nos unir para enfrentar nossos inimigos: raiva, ódio, extremismo, violência, doença, desemprego e desesperança", disse o presidente. "Com união, podemos fazer grandes coisas, coisas importantes."


“Eu sei que falar de unidade pode soar para alguns como uma fantasia tola nos dias de hoje", disse Biden. "Sei que as forças que nos dividem são profundas e reais, e também sei que não são novas."

“Aprendemos novamente que a democracia é preciosa”, disse o presidente. “E agora, meus amigos, a democracia prevaleceu.”

O presidente citou também os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que tirou a vida de milhares de americanos e afetou a economia, e as mudanças climáticas como desafios da sua administração. Além disso, ele reforçou que é importante que os EUA garantam a igualdade entre as pessoas.

Pouco antes, a vice-presidente Kamala Harris foi empossada como a primeira mulher a ocupar o cargo na história dos EUA. "Não me digam que as coisas não podem mudar", disse Biden.
Biden também usou seu discurso para fazer uma promessa à comunidade internacional, depois de quatro anos da agenda America First (América em primeiro lugar, em português), do governo Trump.

“Vamos restaurar nossas alianças e nos reunir com o mundo novamente, não para enfrentar os desafios de ontem, mas os de hoje e de amanhã”, disse o presidente.

Ausência notada
Durante o discurso, o 46º presidente saudou os seus antecessores presentes na cerimônia: Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Ele agradeceu também ao vice de Trump, Mike Pence, evidenciando a ausência do seu antecessor.

Trump não participou da cerimônia de posse e deixou a Casa Branca na manhã desta quarta. Ele passou mais de dois meses questionando a vitória de Biden nas eleições de 3 de novembro.

O democrata venceu as eleições de novembro com ampla maioria dos votos: foram 306 votos eleitorais contra 232 do seu adversário.

No início de janeiro, o Congresso americano teve que interromper a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral porque extremistas apoiadores de Trump invadiram a sede do legislativo.

Biden condenou o ataque do início do mês e disse que esse tipo de ação não deve ser permitida "nem hoje, nem amanhã, nem nunca".

Dia da posse
Antes de tomar posse, Biden começou a quarta-feira participando de uma cerimônia religiosa na Catedral de São Mateus Apóstolo, sede da arquidiocese de Washington. Ele esteve acompanhado de sua esposa Jill, da vice Kamala Harris e do primeiro-cavalheiro, Douglas Emhoff.

Muitos dos ex-presidentes americanos, de tradição protestante, escolhem ir à Igreja Episcopal de São João no dia da posse, o que rendeu a ela o apelido de "Igreja dos Presidentes". No entanto, como Biden é católico – o segundo na história dos EUA a assumir a presidência –, ele escolheu ir à catedral. O primeiro foi John F. Kennedy, que chegou ao poder em 1960.

Despedida de Trump

O presidente do Donald Trump, deixou a Casa Branca na manhã desta quarta e embarcou para seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, onde passará a morar a partir de então.

Em um discurso de despedida, na Base Andrews, da Força Aérea americana, Trump não mencionou em nenhum momento o nome de Joe Biden.

Suas últimas palavras foram as seguintes: "Tenham uma boa vida. Nós nos veremos em breve". O porta-voz da presidência, Judd Deere, disse que Trump deixou uma carta para Biden no salão oval.

 

G1

Foto: Kevin Lamarque/Reuters