Agora,nós brasileiros temos o maior problema pela frente, principalmente nós piauienses e florianenses. Como iremos conviver com essa pandemia do Coronavírus? Sabemos que a saúde pública do Piauí éuma só calamidade, principalmente a de nossa querida Floriano, por ausência de leitos, aparelhos e condições mínimas de dignidade para os profissionais da saúde desenvolverem seu labor, uma vez que, um só hospital agrega pacientes de vários Municípios da microrregião, sem a menor estrutura.Portanto, neste momento tão crucial, só podemos recorrer a Deus e a mais ninguém. O Estado e o município deveriam fazer suas obrigações, não fizeram em tempo hábil, e nem farão, porque seus representantes só pensam em política e reeleição, ou seja,aproveitam desse momento triste para aparecer na mídia iludindo os eleitores com falácias fantasiosas diante de uma realidade catastrófica, pensando apenas no período eleitoral sem, contudo, imaginar que os vírus poderãoceifar a vida de milhares de pessoas.Circulam desde dezembro de 2019 na Chinae, a partir de janeiro deste ano, começou a se espalhar para os demais países e continentes. Na América, foi confirmado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 21 de janeiro,e quatro dias após chegaria à Europa,que hoje é considerado o novo centro da epidemia. Desde então, muitos países têm adotado diferentes e radicais estratégias para o enfrentamento desta pandemia. O Brasil, no entanto, ainda patina em adotá-las e demonstra um crescimento inicial da infecção pelo vírus, muito maior do que o apresentado por países que hoje figuram entre os mais contaminados no mundo.
Se não existisse tanto desvio de verbas públicas no Brasil, nos Estados e Municípios a situação hoje seria outra. O País teria estrutura sólida,ou seja, uma saúde pública aparelhada, com disponibilidade de leitos. Mas, nada temos, só muitas dívidas e tudo a ser feito, ou refazer tudo do nada. Desta forma,os políticos devem tudo a população, que os elegem de quatro em quatro anos. Na condição de administradores, são culpados pelo subdesenvolvimento, pelo atraso educacional, pela precariedade da saúde pública e tudo que um ser cônscio possa imaginar. Portanto,qualquer cego observa que se o dinheiro público fosse realmente investido com seriedade na saúde, na educação e no saneamento básico a vida de nosso povo seria outra. Teríamos pelo menos condições de enfrentar o vírus com dignidade. Mas, infelizmente, as pessoas entram na política não para administrar com capacidade lícita e resolutiva, mas para se locupletarem com o dinheiro e os bens públicosda população.
Alguns países, como a Argentina por exemplo, tomaram todas as precauções, antes de serem atingidos pelo vírus. Fecharam suas fronteiras e recolheram a população em suas residências. Mas, essa mesma firmeza não foi percebida pelos brasileiros, piauienses e, muito menos, pelosflorianenses, exceto algumas ações individuais. Quem passou de carro em frente ao Mercado central de Floriano, no dia 21 de março do ano em curso, percebeu uma enorme multidão aglomerada, transitando dentro e em volta do mercado, como se nada estivesse acontecendo no Brasil e em Floriano. Enquanto a vizinha Argentina, por exemplo, com apenas um quarto dos casos brasileiros, vem adotando medidasdrásticas, inclusive fechando os estabelecimentos comerciais e a polícia retirando o pessoal da rua e mandado para suas respectivas residências. Já em nosso País, nos Estados e Municípios, demonstra-se as suas conhecidas ineficiências em combater tragédias, sejam elas ambientais ou humanas, fazem pouco caso da doença, ora com suas falas e ora com seus atos. Mas, não fazem pouco casoquando se trata do período das eleições, onde aparece dinheiro público para tudo, inclusive para festas bilionárias, compra de votos e ofertas medianteempregos públicos, para silenciar a consciência de inúmeros eleitores boquirrotos, sem caráter e dignidade humana.
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