Entre todas as propostas de políticas para atuação nas próximas gestões nos municípios brasileiros, o meio ambiente demanda de mais atenção por parte dos prefeitos e vereadores. Os novos tempos exigem que a relação entre o homem e a natureza seja revista desde as mais elementares mudanças de comportamentos até as atitudes complexas, como, por exemplo tratar o lixo, os resíduos sólidos produzidos pelos aglomerados urbanos.
O Brasil, pela condição de país tropical, desfruta de ampla diversidade na fauna e flora, mas a ação humana tem contribuído para o aceleramento da degradação ambiental e a extinção de animais e plantas. Os rios, lagos, florestas e o ar sofrem agressões com o avanço desordenado das cidades em direção a áreas de preservação ambiental. A falta de conscientização dos gestores e de grande parte da população gera uma situação de insegurança para o meio ambiente. Neste contexto, o lixo urbano é um assunto que merece ser encarado com boas idéias e determinação política.
A Lei Nacional de Resíduos Sólidos determina que até o ano de 2014 todos os estados e municípios busquem acabar com os depósitos de lixo em qualquer lugar, o que gera os lixões em locais indiscriminados. A meta é que os gestores públicos construam os aterros sanitários, com todas os requisitos e manutenções exigidas pelos órgãos de fiscalização ambiental e vigilância sanitária. Para isso é fundamental a elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, que será exigência para o recebimento de verbas federais nessa área.
Portanto, é fundamental que os eleitores exijam dos candidatos mais propostas concretas sobre o destino do lixo domestico, comercial, industrial e hospitalar. Não basta só o recolhimento diário do lixo. Temos que fazer isso com coleta seletiva, separando os tipos de lixos. É indispensável uma destinação correta. Sem isso, a qualidade de vida da população e o meio ambiente sofrem desgastes, muitas vezes irreparáveis.
Os municípios brasileiros, como Floriano, no Piauí, ainda padecem da falta de competência da administração municipal para compreender que o tratamento adequado do lixo é investimento em políticas de saúde. Alem da geração de empregos, através das cooperativas de recicladores.
O tratamento destinado ao lixo é uma das ações mais abrangentes, pois trata da saúde, fomenta economia e bem estar social. Para imprimir a sua contribuição, a população deve assumir a fiscalização e posteriores denuncias contra os gestores que insistem em tratar com descaso a higiene dos municípios.
Jalinson Rodrigues – Jornalista.