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maracatuMara... catu!  Mara... catu! A marcação em compasso solene, quase marcial, cuja célula rítmica é repetida sem alterações de velocidade ou mudanças na batida, dá a identidade toda própria e característica do maracatu cearense - bem distinta das formas pernambucanas do maracatu. Segundo pesquisadores, a origem do maracatu vem dos cortejos de reis do Congo, manifestação cultural que os negros expatriados para o Brasil encontraram para não perder o contato com sua ancestralidade.


Foi justamente na origem do cortejo do maracatu cearense que o Vidança Companhia de Dança do Ceará foi buscar a inspiração para o espetáculo Catu Macã: Guerra Bonita. Com uma trajetória de 12 anos em cartaz, apresentações em teatros e espaços públicos por toda cidade de Fortaleza e interior do Ceará, o elenco do Vidança iniciou em 2011 uma turnê pelas principais cidades do Nordeste.


Depois de passar por Salvador (BA), João Pessoa e Campina Grande (PB), e Natal (RN), ano passado, Catu Macã esteve em São Luís (MA), no final do mês passado, e agora desembarca em Teresina, encerrando a excursão nos dias 29 e 30 de maio, no Teatro 4 de Setembro (Praça Dom Pedro II – Centro). E o melhor: De graça!

 

A coreógrafa e diretora do Vidança, Anália Timbó, foi resgatar nas suas lembranças de infância a admiração pelo ritmo, a dança pausada, os brincantes do maracatu com seus rostos pintados de preto tão característicos dos desfiles de carnaval pelas ruas do Centro de Fortaleza. A coreografia estreou em 1999 e, em sua atual fase, vem excursionando pelas principais cidades do Nordeste, através do incentivo da Lei Rouanet, com patrocínio do grupo M. Dias Branco.

 

Catu Macã marcou a estreia do Vidança dentro da linguagem da dança contemporânea, sendo o primeiro espetáculo do estado a conquistar notoriedade nacional no gênero, ganhando o aval do projeto Rumos Itaú Cultural (2000-2001). Para o pesquisador de dança contemporânea e jornalista Joubert Arrais, Catu Macã é um marco importante da dança contemporânea no Ceará por ser uma montagem de um grupo com uma trajetória firmada dentro de outras linguagens da dança.

 

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