
As comemorações, que contam com a presença de artistas famosos e até sorteio de veículos, acontecem por todo o país. No Rio de Janeiro, por exemplo, nomes como Preta Gil, Arlindo Cruz e o grupo de pagode Molejo se apresentaram na Praça da Apoteose. A expectativa dos organizadores é que cerca de 70 mil pessoas compareçam à celebração.
"Somos um país milionário e extremamente desigual. No Rio de Janeiro, fala-se em Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Rio + 20. Mas, quando pedimos por melhores salários, dizem que não tem o que fazer por causa da Responsabilidade Fiscal. Que responsabilidade?", indaga.
Laércio afirma que a população precisa se conscientizar que somente uma mobilização em massa seria capaz de acabar com a injustiça social. Ele avalia que a falta de contestações diante das últimas denúncias de envolvimento de políticos com corrupção é um indicativo de que o brasileiro vive em um "País das Maravilhas", onde tudo é motivo para comemoração.
"Hoje vivemos em uma escravidão velada, em que o povo trabalha o mês inteiro e recebe uma remuneração que não é suficiente nem para garantir a alimentação. A situação da saúde e os índices da educação são vergonhosos. Mas o povo está cego, ninguém faz nada. O número dos que saem às ruas para lutar pelos próprios direitos ainda é pequeno. Enquanto isso, na Europa, hoje o dia é marcado por diversos protestos", analisa.
Milhares de pessoas participaram de manifestações nessa terça-feira em vários países. Na Espanha e na Grécia, o alvo das críticas foram as medidas de austeridade que implicaram em cortes de gastos em setores essenciais como a Saúde e a Educação. Na Indonésia e em Hong Kong, as reivindicações eram por melhoras salários, segurança no emprego e redução da carga horária semanal. Já os filipinos queimaram uma máscara do presidente Benigno Aquino, representado como um cachorro sob as ordens dos capitalistas estrangeiros.
JORNAL DO BRASIL