Cinco editais do Ministério da Cultura, lançados hoje, 20, pretendem incentivar a produção cultural negra no país. Produtores e artistas negros poderão concorrer com projetos nas áreas de audiovisual, circo, dança, música, teatro, artes visuais, literatura, pesquisas acadêmicas e pontos de cultura. De acordo com o ministério, serão destinados cerca de R$ 10 milhões. O lançamento faz parte das comemorações ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado hoje.

 

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, destacou que é a primeira ação afirmativa assumida pela pasta. “O objetivo é aumentar as oportunidades para a comunidade negra poder se inserir na produção cultural”, explicou. Ela apontou que os editais são ainda uma forma de facilitar o acesso aos recursos disponíveis na área da cultura. “Dentro do ministério, percebemos que era difícil entrar na Lei Rouanet e mesmo se conseguisse aprovação, era complicado captar os recursos para fazer acontecer”, avaliou.

 

Para Luiza Bairros, ministra-chefe da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a ação abre caminhos para que outros órgãos do governo, especialmente as empresas estatais, adotem critérios semelhantes para patrocínio de projetos. “Tenho certeza que esta decisão do ministério vai ter repercussão nas políticas culturais adotadas pelas empresas. Era este efeito demonstração que precisávamos criar”, aposta.

 

Segundo a ministra, as medidas de incentivo podem mudar o paradigma ao qual a cultura negra está vinculada. “As artes negras no Brasil, muitas vezes, são lidas como folclore, como algo que não tem relação direta com a dinâmica atual da nossa sociedade. Com os editais, vamos dar visibilidade às formas de expressão que dialogam com o Brasil de hoje e do passado e, sobretudo, apontamos para a possibilidade da cultura se fortalecer em cima da sua diversidade.”

 

Marta Suplicy negou que a iniciativa de lançar editais específicos para a população negra seja uma forma de preconceito. “Eu acho que preconceito é o negro não ter acesso. Quando você dá oportunidade, você quebra a barreira”, defendeu. Luiza Bairros reforçou que os editais estão amparados no Plano Nacional de Cultura, no Estatuto da Igualdade Racial e em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhecem a legalidade de ações afirmativas.

 

O Edital Curta-Afirmativo, sob responsabilidade da Secretaria do Audiovisual, vai apoiar seis produções em curta-metragem, no valor de R$ 100 mil cada, que sejam dirigidos ou produzidos por jovens negros com idade entre 18 e 29 anos. Na primeira edição, a temática e o formato (documentário ou ficção) são livres.

 

A Fundação Nacional de Artes (Funarte), por meio do Prêmio Grande Otelo, irá financiar 33 projetos nas áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória, totalizando R$ 4,3 milhões. As premiações variam de R$ 100 mil a R$ 200 mil para cada ação selecionada.

 

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) será responsável por três editais. Um deles destinará R$ 500 mil para apoiar a coedição de até 25 livros de autores negros. Também serão apoiados trabalhos acadêmicos com o intuito de fomentar o surgimento de novos escritores e pesquisadores na área. Serão destinados R$ 195,6 mil, distribuídos em bolsas de estudo que variam de R$ 500 a R$ 2,5 mil. A FBN vai financiar ainda a criação de 30 pontos de leitura de cultura negra, sendo pelo menos um em cada estado, no valor total de R$ 3,2 milhões.

 

 

Agência Brasil

rejane dianegro20112012Em discurso na sessão desta terça-feira, 20, a deputada Rejane Dias (PT) lembrou  a passagem do Dia da Consciência Negra, data que coincide com a morte do líder negro Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695. Zumbi organizou a resistência no Quilombo dos Palmares, um marco na luta pela liberdade dos negros e seus descendentes.

 

“Nesta data é celebrado Dia da Consciência Negra, dedicado à reflexão sobre a inserção e a discriminação do negro na sociedade brasileira. As raízes negras é uma das três hastes que sustentam nossa cultura”, frisou.

 

Rejane Dias lamentou que 300 anos de escravidão tenham causado na cultura brasileira uma segregação racial com os recém-emancipados. “Inicialmente, os negros foram tratados como cidadão de segunda e terceira classes e, ainda hoje, são discriminados de diversas maneiras”.

 

A deputada acrescentou que estudos comprovam que mesmos negros e brancos, colocados em situações de igualdade de alfabetização e educação, o segundo vai ter mais chance de participar de determinados grupos sociais, conseguindo melhores colocações no mercado de trabalho e de renda, sendo melhor atendidos em serviços.

 

"Essa discriminação a sociedade brasileira não quer enxergar, mas a ciência desmascara. A discriminação acontecia de forma explícita e exacerbada, a situação era tão ruim, que negros miscigenados negavam suas origens para evitar humilhação em todos os setores da sociedade”.

 

Rejane prosseguiu a sua fala lembrando várias conquistas dos negros graças às políticas compensatórias adotadas pelos governos, como a criminalização do racismo e a criação das delegacias especializadas em coibir esse tipo de crime; a adoção do sistema de cotas das universidades, entre outras.

 

“Um homem negro não é menos inteligente que um branco. Se vemos poucos negros nas universidades é porque a organização social dificulta muito sua chegada até lá... Hoje somos parte de cada uma das matizes brasileiras. O fato de alguém ter a pele mais ou menos clara que outro não quer dizer que sangue negro não corre nas suas veias”, ressaltou, citando o fato da sociedade brasileira ter sido formada por índios, negros, brancos, árabes, orientais e outros povos que aqui fixaram suas raízes ao longo dos séculos. “Por mais direitos e respeito ao povo negro, parabenizamos às pessoas que se dedicam a esta causa no Estado”.

 

Alepi

Gyselle Soares vai voltar ao Brasil em breve. Nesta terça-feira, 20, a ex-BBB postou fotos de sua mudança e contou a um seguidor que vai voltar a morar por aqui, mas vai voltar esporadicamente a Paris, onde passou os últimos dois anos, para fazer trabalhos.

 

“Bom dia meu chéris  . Eu tô aqui fazendo minha mudança para o Brasil. Como tenho muita coisa, fiz pelo navio”, contou Gyselle, postando foto de um rapaz carregando caixotes e esclarecendo as dúvidas dos fãs: “Vou ficar indo e voltando. Tenho filmes aqui para filmar ano que vem, mas volto para morar no Brasil de novo”.

 

Em Paris atriz tinha Porsche na garagem e Versace no armário

 

A novidade foi anunciada aos fãs na última sexta, 16. Gyselle deve chegar em terras brasileiras em janeiro. Questionada onde irá morar quando estiver por aqui, ela revelou que será no Rio. A ex-BBB é do Piauí.

 

“Rio de Janeiro, mas visitarei o Piauí/Timon e São Paulo. Tenho alguns trabalhos em outros estados também”, respondeu Gyselle.

 

EGO

A 7ª Edição, Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, começou nessa segunda-feira, 19, em todas as capitais do Brasil. Em Teresina serão 38 exibições na Sala Torquato Neto. Serão tratados temas que falam sobre direitos fundamentais da pessoa humana.

 

A Mostra vai homenagear o documentarista Eduardo Coutinho, referência na arte cinematográfica e por sua postura de defesa dos direitos humanos no Brasil. Entre os temas abordados nos filmes, figuram os Direitos da Pessoa Idosa, da Mulher, à Memória e à Verdade, dos Indígenas, da Criança e do Adolescente, ao Trabalho Decente, à Alimentação Adequada, da População Carcerária, da População em Situação de Rua, de Pessoas com Deficiência, Cidadania LGBT e Igualdade Racial.

 

Para a diretora de Direitos Humanos da Sasc, Graça Silva, o projeto da mostra é de grande importância, pois relata a importância dos direitos humanos na vida de cada cidadão “é uma forma de presentear o público participante, com palestras que complementarão a temática de cada filme, teremos uma exposição de artes plásticas abordando o tema da etnia e cultura negra. A ideia é que todos possam experimentar a cultura desde a entrada do cinema até a sala de exibição” finaliza.

 

Programação da 7° Mostra de Cinema e Direitos Humanos começa nesta segunda-feira

 

Dia 19 (Segunda-feira)

 

Sessão de abertura

 

20h - O Cadeado - Leon Sampaio (Brasil, 12 min., 2012, fic.)

A Galinha que Burlou o Sistema - Quico Meirelles (Brasil, 15 min., 2012, doc./fic.)

Menino do Cinco - Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira (Brasil, 20 min., 2012, fic.)

A Fábrica - Aly Muritiba (Brasil, 16 min., 2011, fic.)

 

Dia 20 (Terça-feira)

 

14h - Virou o Jogo - Marcelo Villanova (Brasil, 15 min., 2012, doc.)

Chocó - Jhonny Hendrix Hinestroza (Colômbia, 80 min., 2012, fic.)

 

16h - O Garoto que Mente - Marité Ugás (Venezuela, 99 min., 2011, fic.)

 

18h - Menino do Cinco - Marcelo Matos de Oliveira, Wallace Nogueira (Brasil, 20 min., 2012, fic.)

Maria da Penha - Felipe Diniz (Brasil, 13 min., 2011, doc.)

O Silêncio das Inocentes - Ique Gazzola (Brasil, 52 min., 2010, doc.)

 

20h - Batismo de Sangue - Helvécio Ratton (Brasil, 110 min., 2006, fic.)

 

Dia 21 (Quarta-feira)

 

14h - Uma, Duas Semanas - Fernanda Teixeira (Brasil, 17 min., 2012, fic.)

A Demora - Rodrigo Plá (Uruguai / França / México, 84 min., 2012, fic.)

 

16h - Com o meu Coração em Yambo - María Fernanda Restrepo (Equador, 137 min., 2011, doc.)

 

18h30 - Estruturas Metálicas - Cristian Vidal L. (Chile, 47 min., 2011, doc.)

Saia se Puder - Mariano Luque (Argentina, 66 min., 2012, fic.)

 

20h30 - Elvis & Madona - Marcelo Laffitte (Brasil, 105 min., 2010, fic.)

 

Dia 22 (Quinta-feira)

 

14h - Extremos - João Freire (Brasil, 24 min., 2011, doc.)

À Margem da Imagem - Evaldo Mocarzel (Brasil, 72 min., 2003, doc.)

 

16h - Sessão de Audiodescrição Fechada

Santo Forte - Eduardo Coutinho (Brasil, 80 min., 1999, doc.)

 

17h30 - Justiça - Andrea Ruffini (Bolívia / Itália, 34 min., 2010, doc.)

Último Chá - David Kullock (Brasil, 97 min., 2012, fic.)

 

20h - Cabra Marcado para Morrer - Eduardo Coutinho (Brasil, 119 min., 1984, doc.)

 

Dia 23 (Sexta-feira)

 

14h - Olho de Boi - Diego Lisboa (Brasil, 19 min., 2011, fic.)

Funeral à Cigana - Fernando Honesko (Brasil, 15 min, 2012, fic.)

Carne e Osso - Caio Cavechini, Carlos Juliano Barros (Brasil, 65 min., 2011, doc.)

 

16h - O Fio da Memória - Eduardo Coutinho (Brasil, 115 min., 1991, doc.)

 

18h - Cachoeira - Sérgio Andrade (Brasil, 14 min., 2010, fic.)

Paralelo 10 - Silvio Da-Rin (Brasil, 87 min., 2011, doc.)

 

20h - Marighella - Isa Grinspum Ferraz (Brasil, 100 min., 2012, doc.)

 

Dia 24 (Sábado)

 

14h - Disque Quilombola - David Reeks (Brasil, 14 min., 2012, doc.)

Vestido de Laerte - Claudia Priscilla, Pedro Marques (Brasil, 13 min., 2012, fic.)

A Galinha que Burlou o Sistema - Quico Meirelles (Brasil, 15 min., 2012, doc./fic.)

O Veneno Está na Mesa - Silvio Tendler (Brasil, 50 min., 2011, doc.)

 

16h - Porcos Raivosos - Isabel Penoni, Leonardo Sette (Brasil, 10 min., 2012, fic.)

O Cadeado - Leon Sampaio (Brasil, 12 min., 2012, fic.)

Dez Vezes Venceremos - Cristian Jure (Argentina, 75 min., 2011, doc.)

Juanita - Andrea Ferraz (Ficha Técnica Brasil, 8 min., 2011, doc.)

O Dia que Durou 21 Anos - Camilo Tavares (Brasil, 77 min., 2012, doc.)

 

20h - A Fábrica - Aly Muritiba (Brasil, 16 min., 2011, fic.)

Hoje - Tata Amaral (Brasil, 87 mi

 

 

Fonte: Ascom