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Foi com emoção, golaço e muita polêmica. Nesta quarta-feira, o Cruzeiro recebeu o Fluminense, no Mineirão, para decidir uma vaga nas quartas de final na Copa do Brasil. Com a bola rolando, muita confusão. Em meio a três intervenções do VAR, três pênaltis marcados e gol de bicicleta no fim, Flu e Raposa empataram em 2 a 2 no tempo normal. Na disputa por pênaltis, melhor para a Raposa, que venceu, por 3 a 1.

Com a vitória nas penalidades, os comandados de Mano Menezes avançam no certame. O próximo adversário da equipe mineira sairá de um sorteio, que acontecerá na sede da CBF, na próxima segunda-feira.


VAR em ação
A intensidade foi a marca dos primeiros minutos de partida. O Flu, apesar de estar fora de casa, era o responsável por controlar as ações, enquanto o Cruzeiro buscava opções para anular o ímpeto inicial carioca. Aos cinco, a Raposa teve a primeira grande chance do duelo. Após erro na saída de bola, Robinho roubou e tentou o chute. Agenor, em dois tempos, fez a defesa.

Mal o jogo começou, e a polêmica já se fez presente no Mineirão. Logo aos sete, Brenner invadiu a área em velocidade, dividiu com Dedé e caiu pedindo pênalti. A partida seguiu, porém, minutos depois, o árbitro foi chamado para revisar o lance no VAR e, após análise, marcou a penalidade.

Não parou por aí. Depois de alguns minutos de confusão, Ganso foi para a cobrança e Fábio fez a defesa. No rebote, Luciano, de cabeça, colocou o Fluminense em vantagem. Colocou? Na verdade, não. O árbitro de vídeo entrou em ação novamente e apontou uma invasão de jogadores das duas equipes no momento da batida. O camisa 10 tricolor foi bater novamente e, desta vez, deslocou o goleiro celeste e, definitivamente, inaugurou o placar em Belo Horizonte

Para piorar a situação dos cruzeirenses no confronto, Fred, ex-Flu e homem de referência do ataque mineiro, sentiu uma lesão após dividida com a marcação tricolor e precisou ser substituído. Sassá foi o escolhido para entrar em seu lugar.

Com muitas paralisações, o duelo não conseguia voltar à intensidade dos primeiros minutos. O Cruzeiro, com problemas na criação de jogadas, conseguia ser perigoso quando pressionava a saída de bola do Tricolor. Sassá foi o último a finalizar na primeira etapa e acertou a rede, mas pelo lado de fora.

Lei do ex e golaço de joia levam jogo para os pênaltis
Buscando melhorar seu setor ofensivo, Mano Menezes promoveu uma alteração na volta do intervalo. Marquinhos Gabriel foi embora para a entrada de Pedro Rocha. Funcionou. O time celeste aumentou seu volume no campo de ataque. Logo aos seis, Sassá descolou bom passe para Thiago Neves, que invadiu a área, mas não bateu com a perna boa. A bola saiu pela linha de fundo.

A pressão cruzeirense não demorou para ser transformada no empate celeste. Aos 13, após cobrança de escanteio pela esquerda, Dedé desviou no primeiro pau para Ariel Cabral, também de cabeça, deixar Thiago Neves livre para igualar o marcador no Mineirão.

No embalo de seu torcedor, o Cruzeiro quase chegou a virada. Pouco depois de marcar o primeiro, Thiago Neves deu belo drible em Paulo Henrique Ganso e lançou para Pedro Rocha. O atacante avançou, entrou na área e foi derrubado por Gilberto. Pênalti. Entretanto, Sassá foi para a cobrança e até mostrou estilo, mas Agenor caiu bem no canto e fez a defesa.

Após o desperdício da penalidade, a partida teve uma queda de ritmo. As investidas da equipe celeste cessaram e as disputas pela bola se intensificaram no meio de campo. Mas o marasmo não durou muito tempo. No terço final de partida, o time da casa voltou a pressionar e, novamente, teve uma chance de definir na marca da cal.

Aos 31, Lucas Romero tentou gira na área e foi derrubado por Caio Henrique, mas o árbitro mandou seguir. Porém, o VAR, sempre ele, voltou a dar as caras e chamou o árbitro da partida para revisão. A análise foi rápida e precisa: mais um pênalti no Mineirão. Desta vez, Thiago Neves chamou a responsabilidade. Ídolo do Fluminense, o camisa 10 da Raposa não perdoou o ex-clube e, com frieza, converteu a cobrança e colocou o Cruzeiro em vantagem.

Poderia ser fatal, mas do outro lado, na beira do campo, estava Fernando Diniz. O comandante tricolor mandou todas as peças ofensivas, que tinha à disposição, para campo e iniciou uma pressão nos acréscimos. Fábio ia se sobressaindo com lindas defesas. Mas, no último minuto, o imponderável, o inexplicável aconteceu. Já no abafa, Danielzinho lançou bola na área mineira e João Pedro, a joia do Flu, acertou uma linda bicicleta e levou o jogo para os pênaltis. Que jogo!

Na marca da cal, melhor para a Raposa
Nas cobranças, o Cruzeiro iniciou com Lucas Silva, que buscou o canto direito de Agenor e mandou para fora. Porém, Ganso foi logo em seguida e acertou o travessão. Lucas Romero foi no embalo de Ganso e também acertou o poste.

Na sequência, Caio Henrique e Pedro Rocha mantiveram o empate na disputa. Até que o responsável pelo gol mais bonito da noite foi para a batida. João Pedro estava confiante, mas parou nas mãos de Fábio. Gilberto piorou ainda mais a situação dos cariocas quando acertou a trave. Restou a Thiago Neves, mais uma vez, converter a penalidade e colocar o Cruzeiro nas quartas da Copa do Brasil.

 

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