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A expulsão injusta do zagueiro Dedé - que recebeu o cartão vermelho após um choque de cabeça com o goleiro Andrada, em lance que foi revisto pelo árbitro paraguaio Eber Aquino, com auxílio do VAR -, na derrota de 2 a 0 para o Boca Juniors, nesta quarta-feira, no jogo de ida das quartas de final da Taça Libertadores da América, foi a tônica da entrevista coletiva do técnico Mano Menezes, como não poderia ser diferente. O treinador mostrou, além de insatisfação com a decisão do árbitro, a decepção com a forma como a tecnologia foi utilizada.

- Não preciso falar sobre a expulsão. O mundo inteiro está falando sobre a expulsão. Não gostaria de falar mais sobre isso porque não tem sentido fazer nenhum tipo de análise. Achei que as cosas iriam mudar na Conmebol. Em 2007, tomei um gol aqui com três jogadores impedidos. Três. Mudaram as direções, o comando da Confederação, agora viemos com o VAR, que seria usado para que não tivéssemos grandes injustiças no futebol, e hoje vimos uma grande injustiça. Se trata de perder matematicamente um jogador, no nosso melhor momento da partida. O Cruzeiro não fez um bom primeiro tempo, estava fazendo um bom segundo tempo, e tivemos uma atitude inexplicável dessa. Você não precisa ver nem uma vez, ainda mais dez. Vamos guardar nossas forças, juntar essa raiva que você leva para transformar em algo positivo no jogo de volta, pois temos chances de reverter.

Mano contou que houve uma reunião, com as duas equipes, para explicar como funcionaria o VAR. Além disso, disse que o lance envolvendo Dedé foi tão normal, que quando o árbitro Eber Aquino reviu a jogada e retornou para o gramado, os jogadores do Boca Juniors pensaram que a arbitragem marcaria algo contra o time argentino.

- Ontem (terça-feira) tivemos uma reunião sobre o VAR. As duas equipes tiveram essa reunião, onde foi explicada a maneira como seriam conduzidas todas as situações. Quando tivesse um lance que alguém achasse que é diferente do que o árbitro marcou, e ele não marcou nada, alguém do VAR, nesse caso, chama o árbitro e diz que aconteceu um lance que merece ser revisto no monitor. Então, alguém achou que algo estava diferente. Ninguém no campo achou, nenhum jogador do Boca achou. Tanto que acharam que era algo contra eles. O árbitro tomou a decisão e ele é o culpado por tudo isso que aconteceu - disse o treinador, que fez um alerta para os clubes brasileiros sobre a diferença de conduta com as equipes do país na Libertadores.

- Não tem como ver interpretação. O árbitro quis expulsar o Dedé. E o problema é que estão tendo muitos problemas contra equipes brasileiras. Teve o caso do Santos, a falta de aplicação de punição para River e Boca... As coisas estão muito diferentes para os participantes. E esta é uma coisa que não está cheirando bem. Acho que a CBF e as outras federações têm que se posicionar. Se trata de algo grave. Tem que ser tratado pelos clubes brasileiros com a gravidade que isso tem.

Mano foi perguntado sobre um possível pedido do Cruzeiro na anulação do cartão vermelho a Dedé, mas preferiu deixar isso para a diretoria do clube.

- Um fato que o River conseguiu, não é? Vamos ver. Essa é uma questão jurídica, não cabe a nós, profissionais de campo falar disso.

Confira outros temas da coletiva de Mano Menezes:

Atuação do Cruzeiro

- Sobre o jogo, nos faltou profundidade no primeiro tempo. Numa jogada de área, a bola sobrou bem para o Perez, que fez uma assistência bem feita, e sofremos o gol ali. Logo depois, com o ambiente favorável para o adversário, cometemos dois ou três erros em sequência e perdemos um pouco do controle. Foi nosso pior momento. No segundo tempo fiz a inversão, pus Rafinha pela direita e Robinho por dentro, o time melhorou. Perdemos uma chance com o Rafinha, a bola esteve para entrar. Mas pelo nosso segundo tempo, podemos fazer lá, traduzir o domínio em gols, em chances criadas para tentar os gols que precisamos.

Demora para colocar Manoel após expulsão de Dedé

- A gente recompôs com os jogadores que estavam para ver como o jogo ia se encaminhar. Sofremos o gol, mas não foi por falta de um zagueiro, mas por um erro feio, uma bola que não se cabeceia para dentro. Mas lá dentro talvez você avalie diferente. Segurei uma alteração um pouco, sem saber quem poderia ir até o final. Optei por tirar o Rafinha, deixar o Robinho, era um ou outro. São decisões que se toma lá dentro.

Arrascaeta em campo na volta?

  • Para a partida de volta (dia 4 de outubro, no Mineirão), sim. Vai ser conduzido para que esteja 100% para o jogo de volta. Um jogador importante, de jogada pessoal, de lances individuais Para isso, tem que estar 100%.

GE