Aos 26 minutos do primeiro tempo, lançamento de Pará e ele abandona o gol para desviar a bola pela lateral. Ao retornar para a área, é aplaudido por todos e tem o seu nome gritado pelos 58.113 torcedores presentes no Mineirão.
Assim é a rotina de Fábio. Um goleiro com uma imagem que praticamente se confunde com a do Cruzeiro. Um dos pilares do time que caminha para conquistar o tricampeonato brasileiro e possui a segunda defesa menos vazada da competição. O mesmo que entrou em campo por 531 vezes com a camisa celeste e se ressentia até pouco tempo atrás da falta de um grande título.
Não se ressente mais. A matemática insiste em mostrar o contrário, mas, em Belo Horizonte, a comemoração está liberada: o Cruzeiro é campeão. Neste domingo, a equipe venceu o Grêmio por 3 a 0 e contou com mais uma excelente atuação de seu capitão.
Foram no mínimo cinco defesas difíceis. Nada que fuja do habitual para Fábio. Em entrevista ao ESPN.com.br, o atleta de 33 anos não classifica nem mesmo a atual temporada como a melhor de sua carreira. Na sua avaliação, são cinco anos mantendo esse nível, com defesas que fazem o seu nome ser cogitado até mesmo para a presidência do clube e as próximas eleições municipais.
Ele apenas sorri. O seu objetivo, na verdade, é voltar para a seleção. Mas não apenas voltar. E, sim, voltar e ter uma chance para provar o seu valor, como outros tiveram durante todo esse tempo. "O que incomoda é que tem goleiro que muitas vezes faz apenas uma temporada boa e é chamado, como foi o (Diego) Cavalieri. Eu não fiz apenas uma, venho atuando de forma regular desde 2008. Então, por que não tenho a mesma oportunidade que outros têm?", pergunta.
Com a resposta, Luiz Felipe Scolari. A última convocação de Fábio foi para o Superclássico das Américas de 2011, porém, acabou cortado devido a uma lesão.
Fonte: ESPN