paratletasApós dois anos de conquistas expressivas, o paradesporto do Piauí vive dias de esquecimento. Fora da fase nacional das Paralimpíadas Escolares, representantes buscam soluções para que os paratletas do Estado não sejam mais prejudicados. As entidades, no entanto, não entram em acordo.

 

 

Perdido em meio à novela que envolveu a inscrição dos atletas que participam, a partir dessa quinta-feira, 7, dos Jogos Escolares da Juventude – 15 a 17 anos, em Belém (PA), os representantes do paradesporto acabaram ficando sem as seletivas e não foram inscritos para a principal competição do país voltada para a idade escolar.

 

- Nos últimos anos, acumulamos oito medalhas e este ano não vamos ter representantes e não sei informar qual é o motivo da gente não participar – diz Childerido Robson, coordenador de Reabilitação Desportiva do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR).

 

Por se tratar de uma seleção estadual, Childerico, que comanda a equipe de natação do Ceir, aponta Fundação de Esportes do Piauí como responsável por realizar a competição. Procurada pela reportagem, o órgão, por meio do técnico Joaquim Rios, revelou que não tem participação no gerenciamento das seletivas no paradesporto.

 

- Nos colocamos à disposição para realizamos os treinos e competições. Aconselhamos a eles criarem um comitê estadual para fazer as seletivas e isso não foi feito – diz Joaquim Rios, que alegou não ter recebido a relação com os nomes de quem seriam os representantes do Estado.

 

A ausência da relação com os nomes dos representantes piauienses foi reconhecida pelo coordenador do Ceir, Childerico Robson, uma das poucas que atuam com paratletas e competições. A lista, segundo ele, não foi feita, pois não seria possível confirmar a participação do Piauí na competição sem que o apoio tivesse garantido.

 

- Fazer a seletiva é o trâmite normal, mas não temos competições escolares aqui e nem paratletas com idade escolar suficientes. Por isso, escolhemos nos últimos anos nossos representantes por meio de uma reunião entre os treinadores.  Acontece que, se eles (FUNDESPI) realmente quisessem levar alguém para competição, eles chegariam para a gente e dizia quantas passagens teriam. Sempre temos meninos para viajar.  Mas acredito que o maior problema é porque o paradesporto é uma questão tão nova, que está tudo meio desorganizado - lamenta.

 

 

Desde 2011, o Piauí envia representantes para a competição. De lá para cá, já foram oito medalhas conquistadas na natação, atletismo e tênis de mesa. Na última edição, dois piauienses voltaram para casa com o título de campeões brasileiros.  A edição desse ano acontece entre os dias 25 de novembro a 1º de dezembro, em São Paulo (SP).

 

G1 PI