O novo presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, tomou posse ontem prometendo cortar o principal mal do clube pela raiz: os problemas financeiros. Para alcançar o objetivo e, ao mesmo tempo, conseguir investir em reforços para o time, a nova direção deixou claro que vai se concentrar em medidas para evitar novas penhoras que prejudiquem o caixa, e também vai trabalhar na redução dos custos até nos novos contratos dos jogadores do clube.
A teoria já virou prática. Além da economia com a saída de Zinho, que pode ser substituído no cargo de gerente pelo supervisor Sérgio Helt, o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcelos, entregou ontem aos representantes dos veteranos Leo Moura e Renato Abreu propostas com salários mais baixos e um ano de contrato. Os dois devem enviar uma resposta ao clube até esta sexta-feira, já que ambos são prioridades para o técnico Dorival.
Em contrapartida, Wallim ainda afirmou que dois novos jogadores - as primeiras contratações da nova gestão - já estão apalavrados e podem ser anunciados até a virada do ano, depois de reuniões com o treinador e o diretor de futebol, Paulo Pelaipe. Um nome, André Lima, do Grêmio, foi oferecido, mas não interessou ao clube rubro-negro.
- Tivemos reunião para avaliar o elenco, primeiro com o Pelaipe e hoje (quinta) com o Dorival, temos duas negociações fechadas de boca, falta assinar, para anunciar amanhã ou no mais tardar dia 2 de janeiro - disse Wallim.
Depois de minutos de euforia com a passagem do bastão pela presidente Patricia Amorim, Bandeira frisou:
- Primeiro ato é equacionar a dívida de curto prazo.
Para isso, o presidente citou o recuo na busca por Robinho, do Milan. E disse que a torcida vai entender que não será possível fazer loucuras:
- A torcida tem consciência de que, se fizermos qualquer coisa irresponsável, isso vai se refletir em campo.
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