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palmeiras19112012Uma década perdida. Entre 2002 e 2012, o torcedor do Palmeiras sofreu com administrações ruins e alguns poucos bons times que não deram frutos dentro de campo, comemorou apenas três títulos e termina o período chorando o segundo rebaixamento da história do clube.

 

Nestes dez anos, pouco se aprendeu, muito se errou – principalmente naquilo que era responsabilidade da diretoria. Nem o título da Copa do Brasil apaga o período de estagnação pelo qual vive o Verdão. Enquanto isso, os rivais ficam cada vez mais fortes.

 

No placar de títulos, o clube mais vitorioso do século passado perde para Corinthians, Santos e São Paulo. Apenas duas conquistas relevantes: o Campeonato Paulista em 2008 e a Copa do Brasil nesta temporada, título que o Palmeiras nem teve tempo de comemorar. A Série B de 2003 também é uma conquista, mas que o torcedor alviverde gostaria de esquecer. Agora, porém, o time vai buscar o bicampeonato para se reerguer mais uma vez.

 

Dois números ajudam a entender a década de escassez palmeirense: dois títulos de elite e 21 trocas de técnico em dez temporadas mostram que a direção nunca teve tanta convicção em relação a um nome que poderia levar o clube de volta às glórias. Quando manteve Luiz Felipe Scolari por dois anos, o resultado veio com a Copa do Brasil. Mas foi pouco para um técnico campeão do mundo com a seleção brasileira.

 

Em 2002, a sensação era de que a degola serviria para arrumar a casa, talvez até acabar com a hegemonia do ex-presidente Mustafá Contursi no poder. Ledo engano. Com a desculpa de “consertar o que havia feito”, Mustafá continuou no comando por mais dois anos, viu uma safra de garotos levantar o time na Série B, mas logo se desfez da turma e fez o Palmeiras sofrer com jogadores que, em outros momentos, jamais vestiriam a camisa alviverde.

 

Desde aquela safra de Vagner Love, Diego Souza e Edmílson, o Palmeiras praticamente não revelou jovens valores. A esperança surge com João Denoni, Patrick Vieira, Bruno Dybal, entre outros. É a esperança de dias melhores, de um clube autossustentável e que utiliza bem os diamantes produzidos em casa. Antes de se consolidar, muita coisa precisa mudar. Em dez anos, diferentes erros fizeram o clube parar no tempo.

 

 

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