A Confederação Brasileira de Futebol recusou o pedido do Palmeiras de tirar Paulo César de Oliveira da partida contra o São Paulo, que será realizada na tarde deste sábado, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Aristeu Leonardo Tavares, anunciou que não aceitou o apelo dos dirigentes alviverdes e ainda alfinetou o clube.
“Houve a questão da intempestividade do encaminhamento do ofício do Palmeiras. O Estatuto do Torcedor diz que o pedido tem de ser feito 48 horas antes do início da rodada. A atual começou ontem (quinta), com três partidas. São vários fatores e vou encaminhar a resposta à Federação Paulista, indeferindo o pleito do presidente do Palmeiras”, afirmou o dirigente, à rádio Bradesco Esportes FM.
A cúpula alviverde anunciou na tarde de quinta-feira que protocolou o pedido para Paulo César de Oliveira não apitar o clássico, mesmo depois de o árbitro ter sido o vencedor no sorteio com Raphael Claus. Aristeu Leonardo Tavares, porém, alega que o clube paulista está tentando mudar o foco por ocupar a zona de rebaixamento.
“Não podem transferir para a arbitragem o problema que o Palmeiras vem enfrentando desde que acabou a Copa do Brasil. É inaceitável o clube querer arrumar desculpa por estar nesta situação”, acrescentou.
O presidente da Comissão reconhece que Paulo César estava vetado dos confrontos do Palmeiras desde a semifinal do Campeonato Paulista do ano passado. Na ocasião, o árbitro processou o então comandante palmeirense, Luiz Felipe Scolari, por críticas feitas naquela partida contra o Corinthians.
“Recebi há nove dias o presidente do Palmeiras (Arnaldo Tirone) para uma visita de cortesia, assim como foram outros presidentes. Ele apresentou alguns questionamentos e ouvi com educação, mas falei que, a partir do momento em que Luiz Felipe Scolari saiu, o Paulo César voltaria a concorrer aos sorteios do clube, porque a ação dele é específica contra o treinador. Esta barreira impeditiva não existia mais”, argumentou.
Tavares também afirmou ao próprio Tirone que não vê culpa da arbitragem pela situação incômoda alviverde. “Falei de maneira franca que o Palmeiras está na zona de rebaixamento por falências que não passam pela arbitragem. Mesmo se houve equívocos em 27 rodadas, o percentual é mínimo”.
Em meio à polêmica, o presidente da Comissão telefonou para Paulo César de Oliveira e percebeu que o sorteado está tranquilo. “Ele é do quadro internacional, disputadíssimo para fazer decisões em outros Estados, tem uma carreira consistente e equilíbrio emocional grande”, completou.
ESPN